Nós vivemos na Terra
Para ver, falar, ouvir,
Cheirar e fazer algo,
Mas devemos refletir
No que vemos, falamos,
Ouvimos, cheiramos
E fazemos também
Neste cantinho baiano,
Para não entrarmos
Em contradições, pois
Nascemos e crescemos
Em algum lugar, depois
Vemos, falamos, ouvimos,
Cheiramos e fazemos algo
Que contradiz a realidade
De um notório passado.
Não somos os primeiros
Habitantes duma cidade
Ou povoado, quando
Nascemos, em verdade,
Em verdade os idosos
Conhecem muito bem
As ações da juventude.
Não é bom ninguém
Se alucinar no que vê,
No que ouve e nem
No que cheira, pra tirar
O proveito de alguém.
Por que afirmo assim?
Porque quando vemos,
Falamos, ouvimos,
Cheiramos e fazemos
Alguma coisa aqui,
Já somos cônscios
Diante de tudo isso,
Pois vivemos prontos
Para já encararmos sim,
As dificuldades em tudo,
E quando precisamos
De algo, sobretudo
Das mãos de alguém,
Já sabemos se é bom
Ou ruim para esta vida
Que temos, pois é dom
De Deus. A minha mãe
Gildete dizia pra mim rir:
“A esmola grande...”
Não tem mais isso aqui.
Todo mundo já vê
Os procedimentos sim.
Camuflar algo, pode ser
Até bom, não para mim.
Mário Querino – Poeta de Deus
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