O que causa o ciúme
Na vida de um cara?
Ora, o ciúme não é
Não, uma coisa rara.
Na minha concepção,
É uma desconfiança,
É uma falta de apoio
Enquanto a esperança
Fica fraca nesta vida,
Pois o cara que gosta,
Acha que sua amada
Deve dar a resposta:
“Eu te amo, ó querido,
E jamais quero viver
Sem ti um só minuto,
Porque eu sem você
Sou um pássaro que
Voa longe do ninho,
Sem prazer, abraço
Beijo e sem carinho.”
Mas o cara não nota
Que a Varoa precisa
Também ficar livre
Dele para a sua vida
Ter também regozijo
E um feliz momento
De lazer longe do cara
Que traz pensamentos
Negativos a respeito
De sua Companheira,
Por achar que a ama
E terá a vida inteira
Ao lado, como se fosse
Um objeto de posse
Sua, e não com direito
De fruir da boa sorte
Que Deus lhe dá aqui
No planeta Terra,
Sobretudo no Distrito,
Meu bom pé de serra.
Então, eu não sou não,
Nenhum dono da vida
De ninguém, sobretudo
Da senhora Marisa.
Agora, eu já pergunto:
Que proveito na vida
Teria, se continuasse
Ciumando de Marisa?
Certamente, eu só iria
Perder a minha paz,
O meu prazer de viver
Com os filhos, Acaz
E Alejandro, as minhas
Noras, Lu e Vanessa,
Com os meus netos,
Brad e quem apareça
Em nome do Senhor,
Para somar a Família
Que Deus me dá sim
Nesta excelente trilha.
Certamente, viveria
Também constrangido
Neste meu pé de serra
Ao lado dos amigos.
Então, fiz um estudo
E achei a procedência
Do ciúme enfermiço,
Que sem experiência
Eu ciumava bastante
Desta Varoa Marisa.
Ora, vigiando e orando,
Como louco da vida,
Notei que o ciúme é
Apenas desconfiança
Que o cara tem sim,
Em si, pois a vingança
Pode causar prejuízo
E com ciúme ou não,
O cara fica estabanado,
E a Varoa com razão,
Segue com a sua sorte
Que Deus lhe dá.
E o cara vai à calçada
Para sempre morar,
Porque ninguém quer
Viver com alguém
No seu pé pegando,
Ninguém é de ninguém,
Ainda que haja amor,
A pessoa deve ser
Livre para nesta Terra
Ter o melhor prazer.
Agora, eu já entendo:
Se Marisa me deixar,
Porque nunca ela foi
Minha, e só quis ficar
Comigo sim, por algum
Tempo que precisou
Do meu apoio na Terra,
Se serviu e descartou,
E ninguém é obrigado
Conservar a sua vida
Ao lado de quem não
Quer... Então, Marisa
Está livre de mim sim,
Ela quem deve tomar
A sua própria decisão,
Estou aqui para amar,
E não para abusar não.
Quer ficar comigo,
Fique numa boa até
O fim, senão, eu digo:
Vá ser ditosa, ó Amor,
Com quem você acha
Que lhe possa dar sim,
Felicidade na praça.
Porque eu não tenho
Dinheiro no bolso não,
E nem na Caixa,
Apenas um coração
Que te ama pra valer,
Porém, não é obrigada
Conviver ao meu lado,
Triste e contrariada.
Então, após um estudo
Intenso na madrugada,
Descobri nesta vida
Que não sou de nada
Dono neste planeta
Intitulado Terra,
Principalmente aqui
No meu pé de serra.
Agora, vou viver aqui
Preocupado com isso
Ou aquilo, se nada é
Meu, se até o espírito
E alma são do Senhor?
Se até o meu corpo
Retrogradará à Terra?
Acha que ficarei louco
Novamente por isso
Ou aquilo na Terra,
Sobretudo neste lugar,
Meu bom pé de serra?
Então, se Marisa quer
Continuar comigo,
Fique numa boa aqui,
Senão, siga seu juízo
E aguente os efeitos
Que a vida nos oferece.
Eu estou bem, o ciúme
Somente enlouquece
Um cara apaixonado,
Por não fazer estudo,
Para notar que a vida
No planeta Terra é tudo
E sem ela não é nada,
É apenas pó.
Então, que a Marisa
Procure viver melhor,
Seja comigo, ou seja,
Com quem ela visar
Que será mais ditosa,
Aqui ou em outro lugar.
Mas enquanto Marisa
Quiser ficar comigo,
Faço de tudo pra vê-la
Bem-aventurada. Digo
De todo o meu coração,
Sem camuflar nada,
E nas vigílias e orações
Entre as madrugadas,
Eu solicito ao Senhor
Uma convivência leal.
Assim somos sagrados
Por nosso Pai Celestial.
Então o ciúme é algo
Que somente traz
Uma vil separação,
E será tarde demais
Para ocorrer a união
Novamente na Terra,
Mormente no meu
Querido pé de serra.
Mário Querino – Poeta de
Deus
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