A minha vida está sim,
Longe de tudo e todos,
O mundo até comenta
Que tornei a ser doido.
Mas admito que estou
Sendo um cara à-toa,
Sempre fazendo aqui
Somente coisas boas.
E minha visão poética
Já acha paz e sossego.
Ora, é um dos motivos
Para ficar no desprezo
Sem de nada rezingar.
Se eu escolhi esta vida
É para não incomodar
Meus amigos e amigas,
Preciso me conformar
Entre répteis, animais,
Aves, peixes no tanque,
Insetos e sim, vegetais,
As pessoas não achem
Que eu sou diferente,
Mas faço a diferença
Para conviver contente
Na Chácara Santa Maria,
Aonde passo uma parte
Do tempo, e se Marisa
Não quer vir, não ache
Que eu fiquei ingrato,
Porque é o meu jeitão
De viver neste planeta
Disjunto dos irmãos,
Sobretudo, no Distrito,
Cantinho da boa terra
Intitulada Bananeiras,
Meu bom pé de serra.
Então, minha loucura
Não tem nada a ver
Com o meu isolamento
Para melhor eu viver.
Ora, quando eu ocupo
A mente nesta Terra,
Tudo funciona melhor
Neste bom pé de serra.
Então, quem se achar
Feliz entre aglomeração,
Seja, mas eu estou sim,
Segundo o meu coração.
Se o meu coração visa
O isolamento do corpo
Onde a alma e espírito
Habitam, não sou louco
Pra desviar desta trilha.
Ora, se a Varoa Marisa
Não adotar meu jeitão,
Isto já faz parte da vida
Que Deus lhe dá aqui
No planeta Terra,
Sobretudo no Distrito,
Meu bom pé de serra.
Mário Querino – Poeta de Deus
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