Eu passando pelas ruas
E vendo sim as pessoas
Solitárias nas calçadas,
Fico imaginando à-toa:
Senhor, por que estão
Assim tão solitários,
Sem haver mais visitas?
Não é mais necessário
O calor humano não?
Pois não faltava visita,
E já faz tanto tempo
E o povo esvaecido fica.
Agora, pude perceber
Que, o ser humano
É muito inteligente,
Mas qualquer engano
Muda de opinião sim.
Então, já vejo que eu
Me sinto bem melhor
No pacato lugar meu.
Pois não me sentiria
Ditoso tendo visitas
Todo dia e toda noite,
E sumirem da vista
Como que não existo
Mais no planeta Terra,
Sobretudo no Distrito,
Meu bom pé de serra.
A solidão seria pior
Do que nunca eu ter
Visita aqui em casa,
Do que ter e esvaecer.
Caso, eu tivesse sim,
E visse esvanecer logo,
Assim tão de repente,
Procuraria o Psicólogo
Para me esclarecer
A solidão e o Por quê
De não sair de casa
E logo me esquecer,
Sem mais me visitar
Até agora. Ora, prefiro
Seguir sempre assim
Neste lugar tranquilo,
Do que eu conviver
Igual amigo da onça,
Como dizia mãe Dedé,
Com pessoas sonsas
Que procuram coisas
E desaparecem logo
Com o que pretendem.
Ora, cacem Psicólogo
Para saberem o que
Incidiu com a amizade
Que dum dia pro outro
Já mudou a realidade.
Isso eu jamais apeteço
Que aconteça comigo,
Porque eu não sou não,
Desse tipo de amigos.
Mário Querino – Poeta de Deus
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