Uma mulher já aflita
Por causa de traição,
Porque seu marido
Tinha sim no coração
Vários amores aqui,
E era concorrente
De muitos currículos
Nas mãos, de gente
Apaixonada sim, até
Umas horas de lazer.
Então a mulher não
Podia não, nada fazer.
Um dia ela comentou
Tudo isso que sofria
Para um sábio Poeta,
E pra ela, ele já dizia:
“Minha amiga, faças
Tu também o mesmo,
Entres num concurso
E reveles seu segredo
De mulher romântica,
E apaixonada, e claro,
Sentimental também,
Que ele cai do cavalo
E volta para te amar.”
Então a mulher quis
Saber como ela seria
Candidata neste país.
Daí então, seu Poeta
Começou a orientá-la
Com muita sabedoria
E encanto, e deixá-la
Muito consciente sim:
“Minha amiga, faças
Uma propaganda boa
E repleta sim de graça,
A ponto de seu marido
Parar e pensar na vida.
Certamente, ele dará
Valor para ti, ó amiga,
Que sofre sim essa dor
Da traição. Como vejo
O teu sofrimento aqui
No cantinho sertanejo,
Voluntariamente vou
Escrever a propaganda
E tu mandarás sim um
Locutor nesta semana
Anunciar seus planos
De mulher ideal para
Um homem que vive
Achando que é o cara.
Daí então, o Poeta fez,
Começando a escrever:
“Eu, fulana de tal, sou
Candidata e quero ter
Um marido deste jeito:
Que goste de beber,
Fumar, e até raparigar,
Bom é eu aqui viver
Para cozinhar ditosa,
Lavar suas roupas,
Arrumar bem a casa,
Ralar feito uma louca
E ainda lhe dar grana
Para ele curtir a vida
Com os “bons” amigos
E sobretudo “amigas”.
E ainda viver sem dele
Cobrar nada na Terra,
Sobretudo no Distrito,
Meu bom pé de serra.”
Daí então, a mulher
Imediatamente foi
Levar sim ao Locutor
Seu anúncio. Depois
Que o Locutor avaliou
Tintim por tintim,
Se encheu de emoção
E falou bonito, a fim
Do marido dela ficar
Pensando nessa vida
Que levava com seus
Amigos e amigas.
E quando o marido
Ouviu o Locutor falar
Que sua mulher tinha
Sim o direito de ficar
Candidata e também
Receber currículos
De pretendentes,
Achou isso ridículo,
E começou a gritar:
“Não creio, meu Deus,
A mulher ficou louca,
E esse cara sou eu!”
Com isso seu marido
Ficou com medo sim,
De seguir na curtição
Deixando a vida ruim
Da querida mulher
Que lidava feito louca,
E o seu marido dando
Grátis para as outras.
Mário Querino – Poeta de
Deus
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