terça-feira, 22 de dezembro de 2020

BOM É FAZER O BEM, AINDA ENTRE MENOSPREZOS

 


 

Poeta Mário Querino 22/12/2020

Ora, havia uma família

Unida, pois todos criam

No amor de seus pais

Que viviam com alegria.

 

Porém o tempo passou

E a família cresceu mais,

Vindos noras e genros,

Netos, moças e rapazes.

 

Como o tempo passa

E a vida fica sim idosa,

Na família aparecera

Sim, uma geração nova

 

E seu ambiente ficava

Cada dia mais apertado,

E todos tinham direito

Dos bens já acumulados

 

Pelos pais neste planeta

Intitulado Terra,

Sobretudo no Distrito,

Meu bom pé de serra.

 

Daí os pais almejaram

Ajeitar os seus filhos,

Menos as suas filhas

Que seguiam o trilho

 

De sua unida família.

Mas houve sim, algo

Contra a sua realidade,

E tudo foi camuflado.

 

Certo dia um filho foi

À casa de seus pais,

Lá um dos cônjuges

Comentou algo mais:

 

“Filho, por que você

Não lida num pedaço

Da nossa propriedade,

E ficará com o espaço

 

Da terra, quando seu

Pai morrer e também

Eu morrer? Pois somos

Idosos e não faz bem

 

Deixarmos nas mãos

De filhas, porque seus

Maridos não fizeram

Nada, e os bens meus

 

Que adquiri com o seu

Pai, não seria bom não,

Ficar com essa gente

Que só quer curtição.”

 

Daí então o filho falou:

“Achas que eu vou ter

Tanto labor, e depois

A Justiça me fazer

 

Eu ficar sem essa área?

Se houver um acerto,

Entre meus irmãos sim,

E irmãs, eu até aceito

 

Sua proposta até hoje.”

Daí um tempo passou

E metade dum tempo

Passou também. Ficou

 

Tudo isso na memória,

Até que um dia tudo

Foi combinado na boa,

Mas sempre há estudo

 

Para fazer algo na vida,

Daí então esse casal  

Começara a investir,

E a oferecer até local

 

Aos genros, cônscios

Que eles não queriam,

Pois já estavam vendo

E ouvindo todo dia

 

As conversas estranhas.

Mas a Morte não veio

No tempo esperado.

E a idade deixou alheio

 

O casal que camuflara

Os negócios da família.

Daí um dos genro foi

E fez grande maravilha

 

Na vida dos dois sogros:

Pediu para a sua Varoa

Trazê-los para a sua casa

Auferiram só coisas boas,

 

Sobretudo, Enfermeiro,

Bom Administrador

De seus negócios, pois

O tempo seu passou,

 

As vistas se abrumaram,

As mãos perderam sim

A coordenação motora,

E os pés ficaram ruins,

 

Sem força para andar.

Ora, quando os genros

São desconsiderados

Pelos sogros, entendo

 

Que, o Senhor faz algo

Admirável na sua vida.

Por isso digo: só visei

O fiel Amor de Marisa.

 

Mário Querino – Poeta de Deus  

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