Ora, havia uma família
Unida, pois todos criam
No amor de seus pais
Que viviam com alegria.
Porém o tempo passou
E a família cresceu mais,
Vindos noras e genros,
Netos, moças e rapazes.
Como o tempo passa
E a vida fica sim idosa,
Na família aparecera
Sim, uma geração nova
E seu ambiente ficava
Cada dia mais apertado,
E todos tinham direito
Dos bens já acumulados
Pelos pais neste planeta
Intitulado Terra,
Sobretudo no Distrito,
Meu bom pé de serra.
Daí os pais almejaram
Ajeitar os seus filhos,
Menos as suas filhas
Que seguiam o trilho
De sua unida família.
Mas houve sim, algo
Contra a sua realidade,
E tudo foi camuflado.
Certo dia um filho foi
À casa de seus pais,
Lá um dos cônjuges
Comentou algo mais:
“Filho, por que você
Não lida num pedaço
Da nossa propriedade,
E ficará com o espaço
Da terra, quando seu
Pai morrer e também
Eu morrer? Pois somos
Idosos e não faz bem
Deixarmos nas mãos
De filhas, porque seus
Maridos não fizeram
Nada, e os bens meus
Que adquiri com o seu
Pai, não seria bom não,
Ficar com essa gente
Que só quer curtição.”
Daí então o filho falou:
“Achas que eu vou ter
Tanto labor, e depois
A Justiça me fazer
Eu ficar sem essa área?
Se houver um acerto,
Entre meus irmãos sim,
E irmãs, eu até aceito
Sua proposta até hoje.”
Daí um tempo passou
E metade dum tempo
Passou também. Ficou
Tudo isso na memória,
Até que um dia tudo
Foi combinado na boa,
Mas sempre há estudo
Para fazer algo na vida,
Daí então esse casal
Começara a investir,
E a oferecer até local
Aos genros, cônscios
Que eles não queriam,
Pois já estavam vendo
E ouvindo todo dia
As conversas estranhas.
Mas a Morte não veio
No tempo esperado.
E a idade deixou alheio
O casal que camuflara
Os negócios da família.
Daí um dos genro foi
E fez grande maravilha
Na vida dos dois sogros:
Pediu para a sua Varoa
Trazê-los para a sua casa
Auferiram só coisas boas,
Sobretudo, Enfermeiro,
Bom Administrador
De seus negócios, pois
O tempo seu passou,
As vistas se abrumaram,
As mãos perderam sim
A coordenação motora,
E os pés ficaram ruins,
Sem força para andar.
Ora, quando os genros
São desconsiderados
Pelos sogros, entendo
Que, o Senhor faz algo
Admirável na sua vida.
Por isso digo: só visei
O fiel Amor de Marisa.
Mário Querino – Poeta de
Deus
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