Cada tempo que vem,
Eu procuro então fazer
Estudo da minha índole
Para um dia entender
O meu procedimento
No Planeta Terra,
Mormente no meu
Amado pé de serra.
Claro, tenho 61 anos
De idade no Planeta
Terra, porém, nunca
Veio ainda na cabeça
O por que sou assim.
Eu não poderia ser
De outro jeito aqui?
Minha vida ou viver,
Não poderia curtir
Como muitos curtem
Por aí e por aqui sim,
Mesmo que custe
Um alto preço diante
Do Senhor meu Deus,
Que fez os céus, a terra
E tudo que há, até eu?
Por que nunca mudei
Minha ideia na Terra?
Por que começo algo
No meu pé de serra
E quando já vou indo
Sim bem com a obra,
Vem gente me afastar
Com ideia e visão nova
Somente a fim de ver
Eu excluído do setor,
E depois vai comentar
Que me sair do labor?
Ora, nunca me afastei,
Só deixo o povo fazer
O seu trabalho em paz,
Porém o pior é eu ver
Tudo indo de água
Abaixo, quando saio.
Ora, comigo vai bem,
E eu não atrapalho.
Então eu pagaria sim,
Um milhão (se tivesse)
Para não entrar não,
Em motim. Que desse
Valor as obras que eu
Procuro deixar vivas,
Boas e sim, bonitas
Nesta terrinha querida.
Ora, viver isolado não
É coisa boa não,
Porém, é bem melhor
Do que entre aflição.
Eu sei que um tição
Sozinho num canto,
Ele se apaga sim,
Mas diante de tanto
Abjuro e má vontade,
De me ver presente,
É melhor ser apagado,
Ainda entre sim gente.
Para que tanto fogo,
Se não queimar nada?
Estando apagado, não
Fala nem ouve palavras
Que possa sim excluir
Do meio dos outros.
Ora, procuro entender
Meu algoritmo louco,
Ainda cônscio de tudo.
Este é meu problema,
E eu peço a você que
Também entenda
Esses motivos de eu
Não permanecer não,
Entre sim a Sociedade,
Por ter outra visão
E por viver afastado.
Mas eu confesso sim:
Eu tenho vontade
De viver feliz até o fim
Associado, contudo,
A minha natureza
Prefere ficar de fora,
Acho todos gentileza,
O enigma está em mim,
Pois se eu me entrasse
Mesmo como abelhudo,
Talvez, me aceitassem
Assim como eu sou,
Porém, prefiro ficar
Completamente fora,
Para não atrapalhar
Os outros que querem
Fazer algo bom.
E assim, acho melhor
E tenho isso como dom,
É óbvio, vindo de Deus.
Por isso gosto de tudo,
Mas nem tudo cabe
A mim. Eu faço estudo
Para entender minha
Índole aqui na Terra,
Mormente no meu
Amado pé de serra.
Não quero entrar não,
Em julgamento agora,
Mas pelo que eu acho,
Somente a senhora
Intitulada D. Marisa,
Tenta me entender,
Pois já me aguentou
Sim, 41 anos sem ter
Nenhum problema
Grave, já aconteceu
Algo sim, estranho
Entre D. Marisa e eu,
Mas sou eu quem não
Presto para conviver
Como cara civilizado.
Por isso gente me ver
Com olhar diferente
Porque eu sou assim,
Porém, deixo bonito
E gente é contra mim,
A ponto de desanimar
A minha mão-de-obra,
E no final das contas,
Ninguém mais inova.
Daí então, tudo vai
Sim de água abaixo
E o estado fica pior.
E o meu labor? Acho
Que, por mais que eu
Estude minha natureza,
Eu nunca vou chegar
A baliza, com certeza.
Porque a minha idade
Já está sim avançada,
E não mudei quando
Eu era novo, moçada,
Acha que eu mudarei
Agora, depois de velho,
Que já procuro viver
Diferente? Não espero
Nenhuma modificação,
A não ser, para ficar
Mais consciente sim,
Neste amado lugar
Titulado Planeta Terra
Onde eu nasci, cresci
E estou vivendo assim,
Do jeito meu, até aqui.
Mário Querino – Poeta de Deus
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