quinta-feira, 25 de maio de 2023

NÃO SOU EU QUE SOU DIFERENTE, É A NATUREZA QUEM ME MOLDA

 

Mário Querino 25/05/202

Ora, resolvi fazer sim

Um relato da minha

Vida neste Distrito

Desde eu criancinha,

 

Para quem não sabe

Quem eu sou. Agora,

Vou expor um pouco

Da minha vida. Ora,

 

Eu nasci no Distrito

De Bananeiras, na Rua

Do Cemitério, que já

Ganhou sim, pela sua  

 

Estrutura nome novo.

Atualmente é titulada

Rua São José, onde

Ainda mantém a casa

 

Que eu fiquei um ano

Morando nela sim.

Após fui para a Praça

Da Igreja até ao fim

 

Do viver de meus pais.

Claro, já andei por aí,

Quebrando a cabeça,

Mas retornei pra aqui

 

Por não achar campo

Ideal para mim, pois

Sou uma pessoa fora

Do que meu pai foi.

 

Por isso estou ditoso

Na Chácara Santa

Maria. Pois eu aqui

Vejo várias plantas,

 

Vejo insetos, répteis,

Peixes, animais, aves

E gente boa também,

São coisas agradáveis

 

Que me prende sim.

Eu contemplo ainda,

Os montes e serras

Coisas mais lindas

 

Que a Natureza tem

A me oferecer aqui

Na Chácara Santa

Maria. Por isso sair

 

Deste ambiente é

Eu viver sim à-toa,

Pelo Mundo afora,

Ainda tendo pessoas

 

Maravilhosas sim.

Mas para um cara

Como sou eu aqui,

Vida assim é rara.

 

Por que Querino?

Porque concentro

Sim a minha visão

E os pensamentos

 

Na trilha de Deus.

Ora, já fiz um teste,

E descobri que eu

Usando a Internet

 

Sinto-me melhor

Pra divulgar a paz

E amor do Senhor

Nosso Deus Pai.

 

Porque eu acho

Bom viver isolado?

Porque sempre eu

Fui assim separado

 

Desde sim, um ano

De idade. Pois eu

Era uma criancinha

Desnutrida, só Deus

 

Teve misericórdia

De mim, pra chegar

Até aqui. Ora, mãe

Escondia-me sim, lá

 

Num depósito, para

O povo não me ver

Nem falar isso: “Esse

“Menino vai morrer.”  

 

Ora, sempre eu fui

Um cara reprimido,

Não é porque quero,

Gosto de ter amigos,

 

Mas não vivo bem

Entre muita gente.

É um costume nato,

Eu já ser diferente.

 

Não sei se isso vem

De Deus, só aceito

Como eu sou. Não

Acho-me perfeito,

 

E sim, um cara fora

De moda, sempre

Fui assim, na Terra

E entre esta gente.

 

Quem me conhece

Desde eu pequeno,

Sabe que meu jeito

É este, e já entendo.

 

Ora, sempre eu fui

Um cara de ter só

Um amigo pra fazer

Algo melhor ou pior

 

Na minha mocidade.

Muitos anos atrás,

O Prefeito solicitou

Poesia, eu fui capaz

 

De atender ditoso,

A ponto de eu ler

Numa grande festa

Que ele pode fazer

 

Congratulando sim

Por mais um ano

De emancipação

Do Município baiano

 

Titulado Pindobaçu.

Ora, segundo dito

De gente envolvida

Aqui no Município,

 

Tinha cerca de dez mil

Pessoas nessa festa,

E eu me senti sim, só

Após a leitura poética.

 

Porque eu não tinha

Um amigo do jeito

Que eu sou, pois eu

Não fico satisfeito

 

Na banca de bebida,

Nem procurando

Algo mais que tem

Na festa. E ficando

 

Neutro, a tal solidão

Entristeceu a vida

Deste cara que teve

Saudade de D. Marisa.

 

Então, a minha vida

Sempre foi assim,

Não é porque quero,

É força sobre mim.

 

Isto é desde um ano

De idade, quando

Eu ficava ali isolado

E mãe só esperando

 

A visita sair de casa,

Para poder me pegar

Lá no depósito sim,

E com ela eu ficar.

 

Porém, dou graças

Ao Senhor Deus,

Porque me ajudou

Até aqui. Agora, eu

 

Não tenho o poder

De tirar o costume

Da minha existência,

Nem tenho ciúme

 

De quem é civilizado.

Aceito a opinião sim

De todos na Terra, são

Livres iguais a mim.

 

Mário Querino – Poeta de Deus      

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