Hoje, eu pensei sim
Num assunto ideal,
Que sempre incide
Entre nosso pessoal.
Qual é esse assunto
Que eu pensei aqui
Para com júbilo expor,
E já iniciei a redigir?
Ora, um cara de 30
Anos de idade falou
Em forma de oração
Com Deus, o Senhor,
Pois estava doente
Sem achar solução
Pra ele ficar curado
E seguir sua Missão.
Pois tinha uns filhos
Dependentes dele.
Deus teve piedade
E deu saúde pra ele.
Passado um tempo
Ele já estava com 50
Anos de idade. Daí
O corpo não aguenta
Outra enfermidade,
E lhe deixou fraco
Numa cama, a ponto
De olhar para o espaço
E ver os seus netos.
Daí então pediu sim:
“Senhor meu Deus,
Tem pena de mim,
Não me deixe morrer,
Pois tenho uns netos
Que precisam de mim.”
Deus expôs o Médico
Para curar a doença
Que abatido deixava
O cara numa cama.
Com mais um tempo
O cara já estava com
Seus 90 anos de vida,
E por causa da idade
Teve grande recaída.
Ora, dessa vez achou
Que não tinha mais
Jeito, e mesmo assim,
Pediu a Deus Pai:
“Senhor meu Deus,
Peço-te que essa cruz
Que agora carrego
Ajude-me levar Jesus,
Pois tenho bisnetos
Que gostam de mim,
E não queria deixá-los
No Mundo assim,
Sem o amor do bisavô.”
Daí Deus com pena
Do cara, fez ele se içar
E se sair do problema.
Com mais um tempo
O cara já estava com
100 anos de idade,
Isso era muito bom
Pra toda a sua Família
Celebrar com festa
E desejar muito anos
De vida. Ora, o Poeta
Agora inquire assim:
“Ainda entre aflições,
Dores e sofrimentos,
A gente entre nações
Nunca quer morrer,
Ainda ciente do Céu?
Não tiro para Pregador
Não, o meu chapéu
Se ele cuidar de alma,
Pois quem cuida sim,
De alma é Deus Pai,
Esta ideia veio a mim.
Ora, por que eu vou
Preocupar-me com
A sua alma, e deixar
De fazer algo bom
Para você no Planeta
Intitulado Terra,
Mormente no meu
Amado pé de serra,
Como: dar-lhe o pão
(Quando estiver fome),
Roupa (quando estiver
Nu) e o que o homem
Ou a mulher precisar
Para viver bem sim
Com a vida no Planeta
Terra? Ora, para mim
Seria melhor cuidar
Das pessoas na Terra,
Sobretudo no Distrito,
Meu bom pé de serra
Do que cuidar de almas.
Quem cuida de espírito,
A não ser Deus? É justo,
Eu pregar no Distrito
Uma palavra bonita,
Emocionante visando
Eu me tornar um rico
No cantinho baiano,
Enquanto os irmãos
Passando fome, sede,
Vivendo nus, sem teto
E eu ostento desde
Quando iniciei a usar
A Palavra de Deus,
Para confortar alma
Que vive no corpo seu
Tendo falta de pão,
Água, roupa, calçado,
Remédio e tudo mais
Que somos obrigados
A possuir nesta vida?
Ora, ‘nem só de pão
Viverá o homem.’
Mas só a palavra não
Vai enche a barriga
De ninguém. Porém,
Se tem Pregador que
Vive aqui também
Sem comer, beber,
Calçar, vestir, tomar
Remédio e sem teto,
Esse deve sim cuidar
Da alma, que é papel
Do Senhor Deus Pai.
Ninguém quer morrer,
Só quer viver mais.
Isso nos dá a entender,
Que o Céu só é bom sim,
Para os pregadores,
Que falam até o fim,
Quer dizer, até não
Chegar uma doença
Que lhes ameace levar
Ao Céu. Ora, pensam
Em morrer, e logo vão
Para os hospitais ricos,
A fim de não deixarem
A Terra. Então, eu fico
Pensando: quanto mais
Anos de vida na Terra,
Sobretudo no meu
Amado pé de serra,
Mais a gente quer ter.
Então, vamos cuidar
Do corpo e deixar sim
A alma nele se alegar.
Porque um corpo com
Falta de bom cuidado,
A alma não vive feliz,
E nós somos obrigados
Ajudar os nossos irmãos,
Senão, a nossa oração
Não vale nada. Orar
Sem nenhuma ação
É perder tempo sim,
É melhor ficar ralando
E ganhar o pão suado
No cantinho baiano,
Mormente no meu
Amado pé de serra
Titulado Bananeiras,
Onde fruo da Terra
Do que eu ir todo dia
Ajoelhar-me no Templo,
Para orar e vendo meu
Irmão no sofrimento,
E eu passando de largo,
Ainda podendo ajudá-lo.
Eles querem orar, orem,
Eu não vou condená-los.”
Mário Querino – Poeta de Deus
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