Quando eu era moço,
Um dia fiquei louco
E fugi para São Paulo.
Quando lá eu cheguei,
Polícia eu encontrei,
E com mãos de calos,
Não fui bem recebido,
E como um bandido
Fui pisado e chutado.
Não aguentando mais,
Arrastaram e a atrás
Das grades fui jogado.
E esperando o choro,
Eu cantava um coro
Que dizia bem assim:
“Cantarei ao Senhor,
Porque Ele lançou
Alguém longe de mim.”
Me tirando da prisão
Me aplicaram injeção
E me soltaram na rua.
Então, eu saí à-toa
Sem nenhuma pessoa
Naquela noite de lua.
Sem nenhuma noção,
Com meus pés no chão,
Pelas ruas e avenidas,
Eu fui até achar a casa
Onde nela morava
Uma grande amiga
Casada com alguém
Que era também
Do meu bom Distrito.
E quando eu entrei
Sim, na casa eu dei
Um susto ao patrício
Que não esperava
Eu chegar à sua casa
Naquela vil situação,
Muito feio, barbudo,
Sujo e sim, cabeludo
E com os pés no chão.
Daí eles mandaram
Me lavar e ajeitaram
Roupa e calçado.
Essa amiga é a Elenita
Que na memória fica
Com o Sr. Everaldo.
Daí então, eu voltei,
Com Marisa me casei
Encarando zombaria.
Hoje, já estou ditoso,
Sendo um vitorioso
Na Chácara Santa Maria,
Que todo mundo diz:
“É no cantinho do país
Sim, um paraíso.
Ora, eu até já acredito,
Pois é um lugar bonito
Onde aufiro amigos.
Mário Querino – Poeta de Deus
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