Eu ouvindo este hino
Traz-me a saudade
Do Templo que era
Na minha mocidade
Tudo na minha vida
Neste bom cantinho,
Onde eu percorria 4
Km cantando sozinho
E com a esperança
De chegar à cidade
Pra unidos eu adorar
O Deus de Verdade,
Só por amor da alma
Que louvava com fé
E muita esperança
Em Jesus de Nazaré.
Eu era muito assíduo
No Templo de Jesus,
Lealmente, carreguei
Uma pesada cruz
Sem visar qualquer
Lucro, e sim, convívio
Com os meus irmãos
E também amigos.
Mas depois tudo foi
Mudando na vida,
A coisa foi ficando
Para mim encolhida,
A ponto de eu ficar
Desprezado, louco,
Sem nenhum sentido
E de pouco a pouco
Minha vida caiu sim,
No fundo de um poço,
Se não fosse D. Marisa,
Eu já estaria morto
Sim, há muitos anos.
Então, um hino desses,
Ainda me faz chorar,
Mas nenhum interesse
Eu tenho de regressar
E ficar numa Igreja,
Louvando a Deus
Na terrinha sertaneja
E nem em outro lugar.
Pois como eu já vejo
Incidir nas religiões,
Não tem mais desejo
Meu pobre coração.
Porém, quando ouço,
Começo a chorar sim,
E logo me sinto outro
Cara, pois o aforismo
Muda na hora, e isso
Só me traz saudades
Da Casa de Jesus Cristo,
Quando o amor era
Tudo para as almas
Que iam ao Templo
E ao Senhor cantavam.
Mas, se ainda choro
É porque eu já amei,
Se eu já amei, ainda
Choro e chorarei
Sem nenhum receio,
Choro e não minto,
Mas vontade de voltar,
Realmente, não sinto,
Eu só sinto vontade
De chorar de saudade,
Da Igreja que existia
Na minha mocidade,
Quando eu via amor
Puro e livre na Terra,
Mormente no meu
Amado pé de serra,
Era em que a gente
Ia a pé ou montado
Em animais só a fim
De ficar ao lado
Dos irmãos que eram
Pobres e cheios de fé,
De amor e gratidão
Em Jesus de Nazaré.
Mas tem tempo sim,
Para tudo nesta vida,
E o tempo moderno
Chegou e agora, a lida
Exige remuneração,
E quem ousa pregar
O Evangelho precisa
Muito dinheiro visar.
Mas Jesus Cristo está
Se preocupando com
Isso? Claro que não,
Ele está achando bom,
Porque seu nome está
Indo até aos confins
Da Terra, como Ele já
Disse no passado sim.
Agora, no dia de irem
Prestar as contas sim,
A cobra vai sim piar,
Ai de vocês e de mim
Que apregoamos sim
O Evangelho visando
Só o dinheiro, e não,
Almas que chorando
Com sede, fome, nuas,
Sem calçado, sem casa,
Sem remédio, sem
Amor e sim, sem nada.
Ora, este tempo está
Fora dos cuidados sim,
E Jesus Cristo já olha
Para vocês e pra mim,
E tudo já está sendo
Tintim por tintim
Filmado aqui na Terra,
E não vá achar ruim
Quando Jesus Cristo
Dizer-lhe: “Eu não
Vos conheço.” Ora,
Não valeu a Religião.
Mário Querino – Poeta de Deus
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