Sonhei que um cara
Foi para uma cidade,
E lá o Policial julgou
Sim, com maldade.
Pois o cara colocou
Um cinturão e não
Prendendo a ponta,
A ponta do cinturão
Levantou a camisa.
Daí o Policial vendo,
Abordou o cara sim,
E foi logo dizendo:
“Você está armado?”
O cara todo caipira,
Redarguiu sim, sério:
“Estou, sem mentira.”
Daí então, o Policial
Foi pegando na boa,
Na sua camisa e viu
Que procurava à-toa
Uma arma no cara.
Daí então, o Policial
Ficou nervoso sim,
E disse: “Tu és mau!”
Ora, o cara redarguiu
Novamente: “Estou
Sim, armado com
A verdade.” Meneou
A cabeça o Policial
E depois assim disse:
“Cara, você é louco?”
O caipira com limite,
Disse: “Em verdade,
Em verdade eu sou.”
Ora, o Policial sem
Mais sentido deixou
A sua investigação,
Falou pro camarada:
“Vamos, deixemos,
Não adiantará nada,
A gente ficar horas
Conversando aqui.”
Daí então se foram,
E o cara pegou a rir
Dizendo: “Nem tudo
Que parece na vida é.”
Ora, quando a gente
Tem uma grande fé,
Sobretudo em Deus,
A gente se inspira,
Aonde a gente chega,
Ainda sendo caipira
Anda sim, de cabeça
Erguida pela Terra,
Sobretudo pelo meu
Querido pé de serra
Titulado Bananeiras,
Onde nasci, cresci
E já me deparei sim
Com as Polícias aqui,
A ponto de ser sim,
Torturado e soltado
Na rua para morrer.
Porém, Deus ao lado
Desse amigo velho,
Conduziu-me na boa,
Até eu achar gente
Que zela de pessoa
Que passa por vida
Complexa na Terra,
Sobretudo no meu
Amado pé de serra.
Ora, estou aludindo
Só para relembrar,
Mas ressentimento
Não quero carregar
Dentro do coração.
Porque a minha vida
Já está sim, satisfeita
Ao lado de D. Marisa.
Porém, quem achar
Que eu ainda estou
Ressentido, já sofra
Por mim essa dor.
Quem sofre 2 vezes
A mesma dor, tendo
Jeito para eliminá-la
É besta. Isso dizendo
Eu estou, pra evoluir
Suas ideias na Terra,
Mormente no meu
Amado pé de serra.
Ora, o Policial tem
Toda razão e direito
De averiguar a gente,
Pois existe sujeito
Que anda armado
E com má intenção.
Mas a arma do cara,
Era o seu cinturão.
Mário Querino – Poeta de
Deus
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