Pesquisada no Google |
Numa cidade do interior
Existia um Saúde Mental,
Muita gente se internou
Para voltar à vida normal.
Obviamente os remédios
Vão fazendo o seu efeito,
Por esse bom intermédio
Alguns viviam satisfeitos,
Com a mente mais aberta
E começaram a observar,
Coisas que eram incertas
E que precisavam mudar
Para tudo ocorrer bem.
A cidade na ideologia sua
Parecia não ter ninguém,
O lixo invadindo as ruas,
As suas obras inacabadas,
Os esgotos a céu aberto,
As avenidas esburacadas
E praças sem bom reflexo.
E assim era aquela cidade,
Parecia não ter vereador,
Para zelar da Comunidade
Que morava nesse interior.
Tudo já estava bagunçado,
Não existia nada bonito,
O pilar da ponte quebrado
E ninguém ligava para isso.
Daí o tempo foi passando
E esse povo vivendo assim,
Sofrendo e tudo aceitando,
Porque era preso até o fim.
De quatro em quatro anos,
Mudava sua Administração
E o descaso continuando,
Mas nada de manifestação.
Um dia seu Prefeito sendo
Convidado à Festa Fraternal
Que estaria acontecendo
No pátio do Saúde Mental.
E daí chegando lá indagou
Bem assim para um louco:
“Está bem? Se recuperou?
Vai ficar mais um pouco?”
Então o louco respondeu
Com bastante precisão:
“Se estivesses como eu,
A cidade teria outra visão.
Não estaria tão acabada,
Envergonhando turistas
Que fazem suas jornadas
Buscando coisas bonitas.
Seu descaso com a cidade,
Somente um louco não vê,
E também a Comunidade
Que te apóia com prazer.”
Realmente o ser humano
Tem essa grande ambição,
De dominar quatro anos
A cobiçada Administração.
Mas infelizmente o louco
Nada pode desenvolver,
Porque na Lei já é posto:
“Cargo público nem ver.”
Mário Querino – Poeta de Deus
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