Poeta Mário Querino 19/03/2014 |
Ainda eu não entendi
Essa longa paralisação,
Eu quando menino vivi
Numa boa Educação.
Meu pai pagava Escola,
Comprava meus livros,
Pagava pensão fora
E o curso tinha sentido.
O Professor gastava
Dinheiro para se formar,
Numa Escola lecionava
Sem nada reclamar.
Às vezes o seu ganho
Era 1/2 do Salário mínimo,
Menos que o tamanho
Do lucro de Mário Querino.
E trabalhava com gosto,
Dedicação e muita alegria,
Ainda sem grana no bolso,
Dava para nós a sabedoria.
Apesar da sala ser quente
Ou cheia de goteiras,
O Professor era eficiente
E lidava a semana inteira.
Seu pouco dinheiro dava
Para comprar calçado,
Roupa e o que almejava,
Os filhos eram arrumados,
A sua casa era bem vista,
Todo mundo respeitava,
Pois parecia ser rica,
Com o salário que ganhava.
Hoje em dia a gente tem
Sala bem ornamentada,
Com ventilador também
E ainda bem forrada.
A Escola fornece livros
Para alunos e Professor,
Tudo ruminado e engolido
Mas sem prazer e amor.
Agora o Professor luta
Fazendo sua paralisação,
Deus vê a sua desculpa
Para não cultivar a
Educação.
Deus também tira o gosto
E o dinheiro não dá,
Para viver mais um pouco
Sem na vida paralisar.
Contudo, a gente vê
Filha de Professor
Usufruindo de prazer,
Não anda como antes andou.
Todo mundo vê na rua
Às vezes com pés no chão,
Realmente quase nua
E as vezes sem educação.
Mas isso é modernidade,
Assim comenta o povo,
Mas na minha realidade
Esse costume novo
Não é cabível ao educador.
Precisamos educar os
filhos
Que os pais nos confiou,
Pois só conseguimos brilho
Se ensinarmos com amor,
E não só visando o salário,
Deus já nos recompensou
Dando-nos o necessário.
Agora eu falo a realidade:
Se o Governo dobrasse
O salário, na verdade,
Quando o ano passasse
Fariam a mesma paralisação.
Pois o seu padrão de vida
Teria uma boa elevação
E a grana ficaria
encolhida.
Quem não se conforma
Com o que é e o que tem,
Nunca na vida se inova,
Porque Deus lhe retém.
Esta é uma das opiniões
Do Poeta Mário Querino,
Mas quem quer condições
Siga seu almejado destino.
Mário Querino – Poeta de
Deus
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