Pesquisada no Facebook 30/03/2014 |
Todos nós achamos
Que somos donos
Do próprio “eu”.
Mas sempre sondo
A minha vida e vejo
Que jamais mando
Na minha pessoa.
Pois estou andando
Submisso ao chefe,
Às leis do meu país,
Faço algo que eu,
Fazer nunca quis,
Sou obrigado usar
A roupa da entidade,
Roupa feia e quente,
E uso sem vontade,
Sou obrigado engolir
Algo que não gosto,
Às vezes faço coisas
Que eu não posso,
Posso ficar preso
Nas mãos de gente
Que sempre oprime
E trata indiferente,
Às vezes quero dormir
E não consigo deitar.
Como então eu
Agora posso firmar
Que eu sou meu?
Tenho muitos donos
E às vezes ainda fico
Num triste abandono.
Querendo me achar
E buscando o Senhor
Para me tirar das mãos
Do meu vil opressor.
De fato, se eu fosse meu,
Eu faria tudo de gosto,
Não teria um patrão
E mostraria meu rosto.
Mário Querino – Poeta de Deus
Poeta Mário Querino |
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