Poeta Mário Querino 08/06/2015 |
Num pequeno Povoado
Havia um pobre homem,
Seu nome era badalado,
Era um admirável nome.
Achavam quase perfeito,
Sempre buscava a justiça,
Fazia o certo e bem-feito,
E sua palavra era bendita.
Gostava de fazer caridade,
Usava recursos numa boa
Sem nenhuma dificuldade,
Não vivia longe das
pessoas,
E para todos do Povoado
Era visto como santo.
Gostavam de tê-lo ao lado,
Pois tudo era um encanto.
Claro, alguém ousou dizer
Que ele seria canonizado,
De fato, depois de morrer.
O homem ficou definhado,
Assim pôde lhe responder:
“Pelo que eu sou, penso,
Falo e cometo, esse poder
À partir de agora
dispenso.
Tudo que sou, penso, falo
E pratico no mundo é ação
Que ficará na Terra,
claro,
Mas Deus sonda o coração.
Será que durante 50 anos
Que vivo neste Planeta,
Nada ilícito fiquei falando?
Tira isso da tua cabeça!
Se não fosse pela graça
Abundosa de Jesus Cristo,
Que sempre o povo acha,
É óbvio, eu estaria frito.
O que faço não é pra subir
E ficar olhando a desgraça
De muitos amigos aqui
Sem aparo e sem graça.
Mas pra deixar as pessoas
Contentes e felizes da
vida.
Fazer isso é uma ação boa
Para os amigos e amigas.
Quando alguém usa recurso
Vindo de uma Comunidade,
Não faz de próprio pulso.
Então a sua boa vontade
Leva-lhe a usufruir de
tudo.
Por incrível que pareça,
Ninguém fica anos no
estudo
Caro e quebrando a cabeça,
Após pegar sua propriedade
E doar para os pobres.
Mas recarda da Comunidade,
Assim, todos fazer podem.
Basta ter a boa disposição
E tocar seu barco pra
frente.
Então uma canonização
Cabe a toda essa boa gente
Que tem mantido com amor
E fé uma Entidade de
Jesus,
Digo, em nome do Senhor.
No caso, todos levam a
cruz
E só um receberá o mérito,
Todos ajudaram esta Obra
Que no mundo faz sucesso
E a boa fama só um goza.”
Então alguém comentou:
“É isso mesmo meu amigo,
Na obra de nosso Senhor,
Todos já têm contribuído
E somente um vai receber
A canonização pelo chefe.
Mas será que Deus não ver
Que os demais merecem?
No meu ponto de vista,
O Pregador do Evangelho,
Deveria ter ocupação
lícita
Para manter o seu império.
Anunciar a Palavra na hora
Em que estiver disponível.
Mas pelo que eu vejo
agora,
Ganha um alto salário
livre
De tudo que aqui precisa.
Nada é além da obrigação,
Se ganha recursos na vida
Mais de quem tem profissão.
Agora todo mundo já quer
Ser Pregador do Evangelho,
Não por ter a tamanha fé,
Mas por ser rico o
Ministério.
Jesus disse que deve comer,
Beber sem perguntar nada.
Hoje o Pregador quer saber
Se há água mineral e
gelada,
Se tem Hotel de 5 Estrelas,
Se há carro novo e
blindado,
Se há Segurança de
primeira
Para lhe deixar guardado
Onde já pretende anunciar
O Evangelho de Jesus
Cristo.
E se alguém lhe informar
Que não existe nada disso,
O Pregador não aparece lá,
Porque ele não prega por
fé,
Receia e não quer se mostrar.
Isso é contra Jesus de
Nazaré.”
Mário Querino – Poeta de
Deus
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