Poeta Mário Querino 12/06/2015 |
Um certo dia eu pensei
Em ser um homem rico,
Porém, atrás eu voltei
E pensei também nisso:
Sou um varão limitado,
Nem de tudo posso comer,
De bebida sou arredado,
Uso o que devo beber
Para me conservar vivo.
Não necessito de roupa
Cara pra ficar aparecido,
As andadas são poucas.
Não uso sapato caríssimo
Pra ficar pisando no chão,
O remédio é do Município,
Eu não pago um tostão.
A mulher que tenho ajuda
E não exige nada de mim.
Meus filhos não estudam
E já estão de maior assim.
Na minha casa tem a paz,
O amor, o júbilo, a fé e sim
A virtude e o que satisfaz
A minha mulher e a mim.
Então pra que correr atrás
De um dinheiro até ilícito?
O que tudo isso agora traz
Pra mim no meu Distrito?
Você acha que eu vou ficar
Preocupado com riqueza?
Estou ficando é velho,
dará
Dor de cabeça, com certeza.
Ficar rico? Perder os
amigos
Que eu tenho no Distrito?
Quantos já tenho perdido,
Por já terem ficado ricos!
Agora os que ainda tenho,
Vou pensar em perdê-los,
Não, jamais agora venho...
Riqueza pra mim é
pesadelo.
Mário Querino – Poeta de
Deus
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