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| Poeta Mário Querino 03/06/2017 |
Alguém ambicionou cargo
De grande importância,
Achando que teria grado
E viveria na abundância
De dinheiro, fama e poder.
Pois bem, a vida avançou,
Alguém começou a perder
Sua liberdade, então ficou
No corre-corre de entidade
A entidade, sem um tempo
De comer na tranquilidade
O seu essencial alimento,
Sem um tempo de beber
A sua preciosa água fria.
O almejo do grande poder
Tirou toda a sua harmonia
Entre os amigos e amigas.
Sempre nesse corre-corre,
Perdeu o sentido da vida.
E o que agora já lhe
ocorre?
Uma grande depressão sim,
Que o dinheiro não pode
Lhe trazer esse devido fim
Depressivo. Então já sobe
A inesperada consequência
Na vida mais ambiciosa,
Que sem uma inteligência
Queria ser rica e
poderosa.
O rei Salomão indaga
assim:
“De que serviria o
dinheiro
Na mão do insensato...” Ruim
Acho viver o tempo inteiro
Longe de amigos e amigas.
Então não há coisa melhor
Do que termos nesta vida
Tempo e amigos ao redor
Pra alegrar nosso coração.
No livro de Eclesiastes diz
Com saber o rei Salomão:
“...Tudo é vaidade.” Infeliz
É aquele que deixa sua paz
Para correr atrás do
vento.
Porque tudo que se faz
Vai ficar no esquecimento,
Tudo parará no sepulcro.
Então, para que ambição
Se o nosso terno público
Precisa de nossa atenção?
Vai correr atrás de
riqueza
E não se cuida, não come,
Não bebe, que a Natureza
Que lhe deu o bom nome,
Vai lhe contemplar bem,
Vai menear a sua cabeça
E comentar também:
“Nunca vi pessoa tão besta
Como essa infeliz criatura!
Deixa de comer, de beber,
De se alegrar e só procura
Dinheiro, fama e o poder.
Coisas que vão se sepultar
A qualquer segundo,
Claro, num abrir e fechar
De olho neste mundo.”
Penso que não há coisa
Melhor do que trabalhar
Sem essa correria doida,
Porque tudo isso vai parar
Numa sepultura esperada
Desde quando se achou
Que tem uma vida limitada,
E tudo depende do Senhor.
Mário Querino – Poeta de
Deus
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