Poeta Mário Querino 23/06/2017 |
Num pequeno distrito
Havia um senhor feliz,
Não usava bebida forte,
Cerveja ele nunca quis.
Amigos e conterrâneos
Sempre lhe criticavam
Porque ele não bebia
E nem num bar entrava.
Então um dia ele usou
A inteligência pra saber
Se o povo lhe criticava
Era por ser contra beber
Bebida forte ou cerveja.
O que ele fez? Um dia
Foi ao um pequeno bar,
Ficou fingindo que bebia
Com uns conterrâneos
Que gostavam de beber.
Passado um bom tempo
Saiu para o povo lhe ver.
Claro, observando tudo,
Ele pôde então perceber
Que muitos criticavam
Quando viram ele pender
Pra um lado e pro outro.
Mas ele cônscio de tudo
Meneou a cabeça e disse:
"Agora acho um absurdo,
Ninguém agrada ninguém!
Quando eu não bebia,
Todos criticavam de mim,
Agora, que num bar fingia
Que estava bebendo sim,
Todos estão me caçoando
Crendo que estou bêbado
Neste cantinho baiano.
Não existe coisa melhor
Do que eu aceitar eu
Do jeito que sempre fui,
Assim fez o Senhor Deus
O homem e a mulher.
E quem vive para outros,
Ora, se esquece de viver
E a vida perde seu gosto."
Mário Querino – Poeta de Deus
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