Poeta Mário Querino 21/06/2017 |
Alguém foi almoçar sim
Na casa dum bom amigo.
Na hora de pôr no prato
Um besouro foi aparecido
E fez nojo ao convidado.
Pois era jovem da cidade
E não tinha convivência,
Pra ele era uma novidade.
Então perdeu a sua graça
E não quis o almoço feito
Com carinho e satisfação.
Claro, com muito respeito
Falou à esposa do amigo:
“Me desculpa, ó senhora,
Por não querer o almoço,
Mas virei aqui outra hora.”
A senhora já preocupada
Por causa desse cascudo,
Respondeu: “Tudo bem,
Mas na roça tem de tudo.”
Começou a contar casos:
“Meu irmão era vaqueiro
E andava por toda região,
Passava até o dia inteiro
Marchando atrás de gado.
Um dia ele foi a um lugar
Longínquo e faltou água,
A sede começou a chegar.
E achando um riachinho,
Obviamente com pouca
Água, desceu do cavalo
E pôs um lenço na boca
E começou a chupar sim
A água que descia fraca
Por aquele pequeno leito,
Claro, com júbilo e graça.
Quando ele subiu mais
Pelo vale, viu uma carniça,
Dentro daquele riachinho
E disse: “O estômago fica
Com nojo, mas esta água
Me salvou. Pois eu estava
Morrendo de sede e Deus
Me mostrou esta água...”
Claro, todo mundo comeu,
Menos o jovem da cidade.
Mas foi comido pela droga
Que procurou mais tarde.
Então esse jovem nojento
Não quis aquele almoço
Que sustentação lhe daria,
Só por um besouro morto,
E usou uma droga que fez
Do seu corpo um morto.
Então, coou um mosquito
E engoliu um elefante. Louco...
Mário Querino – Poeta de
Deus
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