Poeta Mário Querino 05/07/2018 |
Deus, não vivo apressado,
Pois sei que o tempo é teu,
Mas entenda meu credor
Que aprazo já me vendeu
Os seus bons produtos.
O Senhor sabe que lido
Numa entidade pública
E o credor já é sabido
Dessas dificuldades sim.
Então, não ignora mais
O atraso do pagamento
Que o cliente é capaz
De ter por causa de algo
Que advém na entidade.
Não sei o motivo e não
Quero saber, é realidade
De todas as entidades
Pública do interior.
Eu peço a compreensão
Do meu bom credor.
Eu não importo pagar
Com juros, pois é meu
O débito, e o credor
Confiante me vendeu.
Que demorem uns dias
Ou meses, mas peço
Ao credor que ponha
O juro que achar certo.
Pagarei minhas dividas,
É claro, eu não lamento,
Pois sei que é de Deus
E não meu o tempo.
Só não fico estressado
Nem perderei o juízo,
Por algo que é arcaico
Sem eu saber o motivo.
Credor, não fique aflito
Com o meu débito não,
No dia em que eu auferir
Chegará às suas mãos.
E com o direito e dever
De cobrar seu lícito juro.
Sei que a culpa não é
Minha, mas eu procuro
Não dar nenhum prejuízo
Ao meu credor que tem fé
De me vender aprazo
O que na loja eu quiser.
Que demore eu auferir,
Mas agora vou afirmar:
O meu credor não vai
Sem receber ficar.
Que passe muito tempo
Mas está tudo notado,
Não tirarei da memória
Antes de ser acertado.
Mais uma vez confirmo
Ao meu bom credor:
Não fique desconfiado,
O tempo é do Senhor,
É óbvio, na hora certa
Virá o meu pagamento
E o pagamento seu.
Tenha o lícito aumento,
Porque sou mais a ter
Um prejuízo lícito,
Do que ver meu credor
Triste no meu Distrito.
Mário Querino – Poeta de Deus
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