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| Poeta Mário Querino 12/07/2017 |
Ontem, cheguei do Templo
E escrevi alguma coisa,
Isso é um contentamento,
Não é uma coisa doida.
Daí me deitei tranquilo
E logo peguei no sono,
Ora, sonhei isso e aquilo,
E agora tudo já sondo.
No sonho eu indaguei:
Por que expressar bem
A tua Palavra não sei,
E fico receoso também?
No sonho eu ouvi sim:
“Não se turbe com isso,
Contudo, siga até o fim
É contigo Jesus Cristo.
Não te chamei para ser
Nenhum bom Pregador,
Mas eu quero ver você
Sendo Poeta e Escritor.
Vejo que, quando você
Põe uma alinhada capa,
E todo mundo lhe ver,
Enforcado com gravata,
Pensam que é o melhor
Discursador do mundo,
Porém ao ouvir é o pior.
Isso traz riso profundo,
Um riso de crítica e não
De elogio. Mas não fique
Sem a sua boa animação,
Não quero ver você triste
Por achar que não sabe
Apregoar minha Palavra.
Porque sua escrita cabe
Em todo lugar e agrada
Ao meu povo escolhido.
Mas uma coisa vou dizer,
E você dando ouvido,
Vai melhor aqui viver.
Ora, ao chegar contente
No Templo do Senhor,
Fique entre essa gente
Como um bom ouvidor.
Prenda a sua língua sim,
E abra os seus ouvidos,
Aprenda tudo de mim,
Na Internet deixe redigido
Para todo mundo ali ver
E ler com admiração.
Então você vai perceber
Que a sua pregação
Causou sim, mais efeito
Do que você apregoar
Para um povo perfeito,
Quer dizer, quer se achar,
Mas o testemunho faz
Com que me entristeça.
Então, não regresse mais
Tire isso da sua cabeça.
Não te chamei para ser
Um Pregador da Palavra,
Contudo, para escrever
Tudo o que me agrada.
Na verdade, na verdade
A sua aparência engana,
A todos da comunidade,
Desta terrinha baiana.
Pois você se sente bem,
É com roupa de Porteiro,
E de artífice também,
Como, Pintor, Pedreiro
E outras artes que sujam
A sua roupa por fora,
E sem nenhuma dúvida,
Por dentro só é glória.
Então, agora use a capa
(Porque dá direito Deus),
Coloque a sua gravata
E grude nos dentes seus
A sua língua no Templo,
Abra os ouvidos bem,
Tenha contentamento,
Como todos também.
Te chamei para ser sim,
O meu Poeta e Escritor,
E te inspirarei até o fim,
Você não é Pregador.”
Mário Querino – Poeta de Deus
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