Poeta Mário Querino 10/03/2020 |
Alguém amava a mulher
E ela sempre camuflava
Para o seu bom marido,
Que nela tanto confiava.
O tempo não espera
A paixão se organizar.
Então a mulher foi
Elícita a ponto de dar
Afirmação do coração,
Claro, através do olhar
Do comportamento
E da convivência no lar.
Pegou novas amizades
Com quem nunca teve
Durante toda uma vida
Que vivia feliz desde
O seu bom casamento
Até essa revelação,
Que estava ocultada
No fundo do coração.
Mas o marido era sim
Um cara inteligente
E obviamente sabido,
Para controlar a mente
E por ciúme da mulher
Não praticar besteira,
Pois convivia fingindo
Ser uma companheira.
Como o Amor é puro
E jamais decepciona,
O marido usa tática
E com sabedoria sonda
Todo esse movimento,
As simpatias e tudo
Mais no seu atalho,
Claro, fazendo estudo
E observando o olhar
Da querida mulher
Que deu a entender,
Não lhe amar com Fé,
Mas estava dividindo
Em partes diferentes,
Uma era apaixonada
E outras sim tementes
De encarar a realidade.
Então o marido só
Era para lhe sustentar
No viver bem melhor.
Ainda camuflando sim
Um grande amor
Que tintim por tintim
Somente camuflou.
Seu marido era sábio
E inteligente também,
Só abraços e beijos
E a relação que vem
Como a de um bestial,
Sem mais sentimento,
E nem mais prazer,
Mas pra passar tempo.
E já cônscio de tudo,
Ainda não sendo visto
Por ninguém do lugar,
Só o marido intuía isso.
Por ser Varão de Deus,
Dava bom testemunho,
Ainda notando tudo
Com o próprio punho,
Porque dizia assim:
“Tudo passa na vida,
Eu quero é a liberdade,
E por causa da querida,
Não serei prisioneiro,
E não há coisa melhor,
Do que um dia após
Outro. Ora, ficarei só
Se eu não for primeiro.
Então o certo é amar,
Se ela dividir seu amor,
Será ela, quem ficará
Com bem menos amor.
E não sou eu não.
E quem sou, para fazer
Ela me ter no coração?
A minha mãe já dizia:
'Coração é terra que
Ninguém anda.' Então
Me revoltarei por quê,
Se Jesus Cristo veio dar
Liberdade para todos?
Agora, vou viver feito
Um louco ou doido?
Vou ficar mendigando
Amor? Ora, vou chorar
Por quem sempre
Quis só me enganar?”
Mário Querino – Poeta de
Deus
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