quinta-feira, 19 de março de 2020

QUANTO MAIS CRIAM OS PRODUTOS DE HIGIENE, MAIS BACTÉRIAS E VÍRUS NO PLANETA SE ESTENDE





Hoje, pensei em voltar
Ao passado, quer dizer,
À minha boa infância.
Então notei com prazer


Que, quanto mais criam
Os produtos de higiene,
Mais bactérias e vírus
No Planeta se estendem.


Mãe Gildete Querino,
Ia para o Rio Aipim
Lavar roupa, não havia
Esses produtos assim.


Mãe só levava sabão
Caseiro e nossa roupa
Num bacia ou gamela.
E no rio, umas poucas


Folhas de gameleira,
Ela arrancava do pé
E passava na roupa
Com muita força, até


Surgir uma espuma.
Mãe batia na pedra,
Botava para quarar
E depois do esfrega,


Botava sim na bacia
Ou gamela, e voltava
Com a roupa limpa
Para o ferro a brasa


Secar, não tínhamos
Tantas roupas assim,
Para esperar secar
A vinda do Rio Aipim.


Ninguém tinha tanta
Limpeza como agora,
As pessoas eram sujas
Da lida até as 18 horas,


Porém, se abraçavam
E beijavam com todo
Esse lodo ou sujeira,
Semelhando um doido.


Porém, não tinha isso,
Assim tão apavorante
A ponto de aprisionar
Gente, até importante


Que usa a boa higiene,
Ora, 100% de produtos,
Sobretudo, gente
Dos poderes públicos.


Por isso eu confesso
Que quanto mais tem
Produtos de limpeza,
Mais Corona Vírus vem.


A minha mãe já dizia:
“Não vale madrugar,
Se a noite for escura.”
Este povo foi festejar


Sem a máscara sim,
E também sem o gel.
Quando tudo passou,
Agora, o Pai do Céu


Está pronto para ver,
Ouvir e atender sim,
Os clamores de medo,
E tintim por tintim,


Deus dá um tempo
Para o povo entender
Que a desobediência
Traz medo de morrer,


Porque a vida na Terra
É melhor do que lá
No Céu perto de Deus.
Pois aqui pode festejar,


No Céu ninguém sabe
Como a vida é vivida.
Ainda que decore toda
A Palavra, ora, a Bíblia.


Então, dá a entender
Que vírus gosta sim
De higiene feita por
Gente que acha ruim


Uma roupa lavada
Com sabão de soda,
Folhas de gameleira
E coragem de sobra


Para ficar sim dentro
Do rio um meio-dia
Lavando a sua roupa
Com amor e alegria.


O melhor, não tinha
Tantas bactérias não,
Nem o Corona Vírus
Entre esta população


Já repleta de higiene
E de produtos caros.
Dá a entender que
O povo paga, claro,


Por não querer pegar
Na mão dos irmãos
Humildes ou pobres,
E vírus no seu pulmão...


Mário Querino – Poeta de Deus 

Poeta Mário Querino 19/03/2020


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