Hoje, pensei em voltar
Ao passado, quer dizer,
À minha boa infância.
Então notei com prazer
Que, quanto mais criam
Os produtos de higiene,
Mais bactérias e vírus
No Planeta se estendem.
Mãe Gildete Querino,
Ia para o Rio Aipim
Lavar roupa, não havia
Esses produtos assim.
Mãe só levava sabão
Caseiro e nossa roupa
Num bacia ou gamela.
E no rio, umas poucas
Folhas de gameleira,
Ela arrancava do pé
E passava na roupa
Com muita força, até
Surgir uma espuma.
Mãe batia na pedra,
Botava para quarar
E depois do esfrega,
Botava sim na bacia
Ou gamela, e voltava
Com a roupa limpa
Para o ferro a brasa
Secar, não tínhamos
Tantas roupas assim,
Para esperar secar
A vinda do Rio Aipim.
Ninguém tinha tanta
Limpeza como agora,
As pessoas eram sujas
Da lida até as 18 horas,
Porém, se abraçavam
E beijavam com todo
Esse lodo ou sujeira,
Semelhando um doido.
Porém, não tinha isso,
Assim tão apavorante
A ponto de aprisionar
Gente, até importante
Que usa a boa higiene,
Ora, 100% de produtos,
Sobretudo, gente
Dos poderes públicos.
Por isso eu confesso
Que quanto mais tem
Produtos de limpeza,
Mais Corona Vírus vem.
A minha mãe já dizia:
“Não vale madrugar,
Se a noite for escura.”
Este povo foi festejar
Sem a máscara sim,
E também sem o gel.
Quando tudo passou,
Agora, o Pai do Céu
Está pronto para ver,
Ouvir e atender sim,
Os clamores de medo,
E tintim por tintim,
Deus dá um tempo
Para o povo entender
Que a desobediência
Traz medo de morrer,
Porque a vida na Terra
É melhor do que lá
No Céu perto de Deus.
Pois aqui pode festejar,
No Céu ninguém sabe
Como a vida é vivida.
Ainda que decore toda
A Palavra, ora, a Bíblia.
Então, dá a entender
Que vírus gosta sim
De higiene feita por
Gente que acha ruim
Uma roupa lavada
Com sabão de soda,
Folhas de gameleira
E coragem de sobra
Para ficar sim dentro
Do rio um meio-dia
Lavando a sua roupa
Com amor e alegria.
O melhor, não tinha
Tantas bactérias não,
Nem o Corona Vírus
Entre esta população
Já repleta de higiene
E de produtos caros.
Dá a entender que
O povo paga, claro,
Por não querer pegar
Na mão dos irmãos
Humildes ou pobres,
E vírus no seu pulmão...
Mário Querino – Poeta de
Deus
Poeta Mário Querino 19/03/2020 |
Nenhum comentário:
Postar um comentário