O que faz o Tempo
Passar sim na Terra,
Sobretudo no meu
Querido pé de serra
Intitulado Distrito
De Bananeiras,
Onde nasci, cresci
E a vida inteira
Fico pensando sim,
Na rapidez que vai
O nosso Tempo,
Que a gente logo sai
Dum mês que veio
Repleto de planos,
Mormente aqui
No cantinho baiano?
Ora, o Tempo não
Está veloz não, aqui,
É a gente que tem
Coisas para curtir
Com tanta facilidade,
Que perde Tempo
De amar, se reunir
E ter contentamento
Com as pessoas sim,
Pessoalmente aqui
No Planeta Terra
Onde nasci, cresci
E vivo vendo tudo
Que eu não via
Quando eu era sim,
Uma criança e vivia
Brincando com algo
Coletivo como: pião,
Gude, ferrinho que
Enfiava no Chão,
Entre muitos amigos,
Onde eu brincava
Com liberdade sim,
E também brigava
Quando eu achava
Que o colega queria
Enganar-me no jogo,
Porém a raiva não ia
Não, a ponto de ter
Danos, só era tapa
E se enrolando sim
Pelo Chão. Ora, acha
Que a gente ficava
Com o ódio que já
Existe hoje em dia,
Neste vasto lugar
Que a gente chama
De Planeta Terra,
Onde se encontra
O meu pé de serra
Titulado Bananeiras?
Ora, antes o Tempo
Não passava assim,
Porque pensamento
Não se ligava aqui
No celular de valor,
Numa boa televisão
E num computador.
Agora, eu lhe peço:
Tire um aparelho
Desses das crianças
Dos jovens, e creio
Que os velhos têm
Também apegos,
E se alguém tirar,
Perdem o sossego.
Daí eles vão achar
Que o Tempo não
Passa assim veloz,
Mas é a distração
Que já faz a gente
Parar isolado, sem
Esse calor humano,
Calor que faz bem.
Ora, alguém já veio
Passear no Distrito
De Bananeiras sim,
E eu percebi isso:
Uma esposa estava
Numa das salas,
E o marido em outra,
Eles usavam a fala
Por meio de celular.
Ora, a pessoa vem
Da cidade grande
Onde somente tem
Correria e aflição,
Para se distrair
Com esta Natureza
Que nos faz sorrir
Com flores e bichos
Que têm o prazer
De auferir alguém
E lhe dar um lazer
Saudável, de paz,
Amor e alacridade
Que não existe
Na grande cidade,
Toca-se dentro sim
De casa, com celular
Na mão ou assiste
TV só para recordar
Do seu sofrimento
Que passava por lá.
Daí o Tempo se vai,
Pois não vai esperar
Por ninguém que
Perde Tempo à-toa.
Daí então vem sim
O indago da pessoa:
“Por que o Tempo
Passou tão ligeiro,
Que eu fiquei sim
O Tempo inteiro,
E não tive Tempo
De visitar a Chácara
Santa Maria, lugar
Que tem tanta
Paz e tanto amor,
Onde eu deveria
Ser fotografado (a)
Com muita alegria
Ao lado de D. Marisa
E de Mário Querino?
Ora, passeei feliz
No lugar nordestino,
Mas não tive Tempo
De visitar D. Marisa
E Mário Querino,
Para feliz da vida
Ser elogiado (a) com
Uma boa Poesia
Do meu amigo que
Redige com alegria,
E faria o Mundo todo
Saber que eu fiz
Uma boa visita sim
No cantinho do País
Titulado Bananeiras.
Mas o Tempo voou,
E não tive Tempo,
De outra vez eu vou.”
Ora, o Tempo não
Voou não, ó amiga
E amigo, vocês que
Pararam a boa vida
E o bom Tempo foi
Cumprindo a Missão,
Passar e nunca mais
Voltar pros irmãos
Que não valorizaram
O Tempo que Deus
Deu a todos, inclusive
Pra D. Marisa e eu.
Ora, não quero dizer,
Que a nossa Ciência
E Tecnologia são más,
Porém a Inteligência
E a Sabedoria, pede
Para o povo ter mais
Tempo para a vida
Que agora só faz
Acessos na Internet
Por meio de celular,
TV e computador,
O Tempo não ficará
A espera por gente
Que não liga não,
Para o Tempo que
Deus dá sobe o Chão.
Sabe o que acontece
Com quem se apega
Nesses aparelhos?
Depressa se entrega
À Depressão que é
Uma doença triste,
Ao Isolamento que
É a vida sem ledice,
E por fim, aprende
Mais o que não é
Saudável do que
A vida nossa quer
Para viver em paz,
Com amor e grata.
Por isso o Tempo
Vai... A gente acha.
Mário Querino – Poeta de Deus