Ora, quem entende
A vida nesta Terra,
Sobretudo no meu
Querido pé de serra
Titulado Bananeiras,
Onde queria viver
Mais de mil anos,
E tenho que morrer,
Ainda sem querer
Diante da promessa
De ganhar um Céu,
Área como essa
Que os pregadores
Explanam que não
Há lugar idêntico
A essa boa Mansão,
Que todos já visam
Nela ir morar sim,
E eu já feito louco,
Tintim por tintim,
Quero viver aqui
No Planeta Terra,
Mormente no meu
Amado pé de serra
Titulado Bananeiras,
Onde nasci, cresci
E não quero morrer,
Por gostar daqui,
Enquanto, há gente
Que antecipa sim,
Sua devida viagem?
Ora, Deus dê a mim
Um viver na Terra,
Mais de mil anos,
Sobretudo neste
Cantinho baiano
Titulado Pindobaçu,
Município onde eu
Nasci, cresci e vivo
Feliz com os meus
Conterrâneos sim,
Amigos e amigas,
Filhos, noras, netos,
Irmãos e D. Marisa,
Mulher que amplia
Sim o meu almejo
De viver na Terra,
Cantinho sertanejo.
Mas já sou cônscio
Que os meus dias
Aqui na chácara,
Claro, Santa Maira,
São sim acelerados,
A qualquer segundo,
Estou deixando sim,
Este meu Mundo
Físico, para viver
No Orbe espiritual.
Mas francamente,
Digo a este pessoal
Que, não vou não,
De boa vontade,
Estou muito bem
Não há saudades
De outro Mundo
No meu coração,
Só vou por que já
É de obrigação.
Contudo, mil anos
Seriam poucos sim,
Para a minha vida
Ter o apontado fim.
Pois com D. Marisa,
A Terra parece ser
Melhor do que o Céu.
Aqui eu posso ver
O sorriso dela sim,
E quando morrer,
Para onde eu vou?
Quem pode dizer?
Ora, é melhor viver
Livre em área segura
Do que ser morto
E preso na sepultura.
Então, mil anos são
Poucos na Terra,
Sobretudo no meu
Afável pé de serra.
Mário Querino – Poeta de Deus
“Tudo o que puder fazer,
faça-o enquanto tem forças, porque no mundo dos mortos, para onde você vai, não
existe ação, nem pensamento, nem ciência, nem sabedoria.” (Eclesiastes 9, 10)
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