Ora, qual importância
De a gente procurar
Médicos que sempre
Consultam no lugar
Onde a gente mora?
Ora, conhecimento
É parte da intimidade,
E nosso sofrimento,
Quem sabe são sim
Os nossos amigos
Que convivem aqui
Neste Chão querido
De todos, sem tirar
Ninguém da Lista
Dos vivos na Terra,
Onde todos ficam
Disputando espaço.
Então, um cara se via
Muito doente, claro,
Muita dor ele sentia,
A ponto de confessar
Aos médicos sim:
“Doutor, já dói tudo,
Onde toco em mim,
Eu sinto doer muito.”
Como os médicos
Não lhes conheciam,
Quer dizer, de perto,
Passavam um remédio
Ou algum Exame sim,
Contudo a sua dor
Não chegava ao fim.
Daí ele reconheceu
O postinho de Saúde
Que existia no lugar
Onde sem virtude
Ele mora com a dor.
Ele abaixou a cabeça
E foi se consultar, por
Incrível que pareça,
O Médico ficou sim,
Sendo amigo dele ali.
Daí então, após dias
Foi fácil sim, descobri
A doença do cara ali
No postinho de Saúde.
Como, ó Querino?
O Médico teve atitude
De amigo e pegou
Na mão do cara sim.
Daí então, ele gritou:
“Doutor, dói em mim!”
O Médico ao ouvir
O seu grande grito,
Intuiu que a doença
Que lhe deixava aflito,
Estava sim, na ponta
Do dedo, e ao tocar
Em qualquer parte
Começava a falar:
“Doutor, dói tudo sim!”
Muitas vezes então,
A gente deixa o Médico
Do lugar, e sem visão
Vai procurar outro
Que não pega na mão
Da gente, para exibir
A dor e dar prescrição.
Então, santo de casa
Não faz milagre não.
Por isso não crerem
Não, na sua boa ação.
Ao tocar no corpo
E sentir doer onde
O dedo pega, o mal
No dedo se esconde.
Mário Querino – Poeta de
Deus
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