A vida nos traz sim
As lembranças boas,
E ainda há em mim
A feição de pessoas
Que eu amei, amo
E sempre amarei
No cantinho baiano,
Onde vivo e viverei.
Tem gente que não
Sai da minha mente
E do meu coração,
Sei que muita gente
Ainda se lembra sim,
Do passado vivido,
E também de mim
Neste lugar querido.
O certo seria deixar
O passado para trás
E já procurar tentar
Viver aqui em paz.
Pois o passado foi,
Não regressa mais.
Ora, resta a nós dois
Vivermos em paz.
A vida sempre foi,
É e será na Terra,
Pra todos e nós dois
Deste pé de serra
Deste jeito que já
Encontramos sim.
Ora, querer deixar
Tintim por tintim
A tradição e estilo
De vida que temos,
No lugar tranquilo
Onde hoje vivemos
É procurar o meio
Que o nosso viver
Sentir-se-á alheio,
E regressar querer
Para reiniciar tudo
De novo, sem mais
Fé é um absurdo
Querer correr atrás
De algo que já foi
Fugido da mente
E do coração, pois
Ainda que a gente
Quisesse regressar,
Não daria não, jeito
Juntinhos continuar,
Pois o nosso direito
Já venceu o prazo
De validez na Terra,
E já estou atrasado
No meu pé de serra.
Ora, hoje, só resta
Recordações e nada
Mais entre o Poeta
E essa gente amada,
Gente que declarou
Que me amava sim,
Mas quando notou
A loucura em mim,
Sim, se saiu na boa.
Pois só quem ama
Louco é a pessoa
Que não se chama
De preconceituosa.
Mesmo que a vida
Voltasse a ser nova,
Amaria a D. Marisa
Com esse jeito seu
No Planeta Terra,
Sobretudo no meu
Amado pé de serra.
Pois a D. Marisa foi
Louca e meia, aqui,
Pois me viu e depois
Quis-me por sentir
Um profundo amor
Vindo do coração,
Da parte do Senhor
Que dá inspiração
Ao Poeta sonhador
Entre gente incidida,
Arriscou a sua vida
Ainda na mocidade.
Pois amar um louco
É jogar na felicidade
E arriscar com gosto,
A alma e o espírito.
Então, faço de tudo
No amado Distrito
Onde fico, sobretudo,
Na Chácara Santa
Maria. Pois esta vida
Só me fez, faz e terá
Júbilo, se a D. Marisa
Permanecer comigo,
Mas D. Marisa tem
Direito já permitido
De ser feliz também.
Por isso eu não vou
Prender ninguém,
Quer o meu amor?
Faz-me muito bem,
Mas se não quiser,
Não vou mais ficar
Louco por Mulher,
Porque a vida está
Sim, me oferecendo
A Terceira Idade.
Ora, estou querendo
Ditoso a Eternidade,
Que fique na solidão
Na Terra ou que eu
Vá à outra Dimensão
Para ficar com Deus.
Tudo bem, cônscio
Já sou deste amor,
Então me apronto
Visando o Senhor,
É óbvio, na Chácara
Santa Maria, onde
Com muitas graças
A gente se esconde.
Mário Querino – Poeta de Deus
“As pessoas boas merecem nosso amor. As pessoas ruins precisam dele.” (Santa Teresa de Calcutá)
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