terça-feira, 27 de janeiro de 2015

LEMBRANÇAS DE MINHA MÃE GILDETE QUERINO

Hoje eu estava deitado no bi cama assistindo o Programa Aparecida Sertaneja do Padre Alessandro e me bateu uma saudade profunda de minha mãe, como nunca tinha sentido tanta falta dela, nem quando eu passei um ano sofrendo pelo mundo afora, sem emprego, sem dinheiro e vivendo de favor em casa de parentes e amigos.
Nunca pensei que eu iria chorar pela falta de minha mãe como choro agora, nem quando ela faleceu eu chorei com tanta saudade dela. Não sei o que passa por minha vida interna para eu sentir tanta falta de minha mãe como estou sentindo. Pois externamente tudo está ocorrendo bem comigo e minha família, mas me veio este sentimento do íntimo, do fundo do meu coração e me ponho a chorar. Busquei a minha vida do tempo que eu era uma criança com mais ou menos sete anos de idade, quando eu chegava da Escola e comia feijão com carne dentro e arroz e logo após ela me ensinava as contas de dividir que a Professora Eunice Cardoso passava para eu fazer em casa.
Não pensei em ter tanta saudade de minha mãe como estou sentindo agora, nem quando ela estava na aflição da morte que mandou a minha irmã Sônia me chamar em casa para se despedir de mim, e eu com muita fé e convicção no Senhor Deus falei para a minha mãe Gildete Querino: “Vá em paz com Deus minha mãe, não se preocupe comigo!” Depois de mais umas horas a minha mãe faleceu e eu fiquei muito tranquilo por não ter dado preocupação a ela durante a minha existência ao seu lado.
Mas hoje me bate esta saudade que vem do íntimo, do fundo do meu coração. Nunca chorei por minha mãe como estou chorando agora. Não é um choro de dor nem de desespero, é um choro de saudade, e se eu choro de saudade é porque eu sempre a amei.


Mário Antônio Querino da Silva – Escritor de Cristo  

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