Na Fazenda Olho D’água morava um rapaz muito corajoso,
sempre ele vinha para o Distrito de Bananeiras e ficava na rua até meia-noite. Então
arranjou uma namorada bananeirense que muito demonstrava gostar dele. Pois ele
era um rapaz muito elegante e de procedimento agradável, a ponto de conquistar
uma profunda amizade com todos os bananeirenses que davam-lhe a maior confiança.
Como entre muitos amigos, não deixa de existir
brincadeiras engraçadas, um grupo deles tramou uma brincadeira para fazer grande
medo ao rapaz que sempre vinha da Fazenda Olho D’água para namorar as meninas
do Distrito de Bananeiras. Então aproveitando o ensejo, os amigos percebendo
que o rapaz estava na casa da namorada numa boa, pegaram uma rede e foram
estender no caminho com um tronco de bananeira deitado dentro dela, e ficaram
escondidos para verem o resultado e a coragem do rapaz.
Ao chegar às 23 horas, o rapaz foi se embora, a noite
estava enluarada, o céu bem estrelado e uma brisa soprava suavemente, a ponto
dos vegetais dançarem pra lá e para cá e o rapaz sem nenhum medo seguia a sua
estrada afora com a esperança de chegar em sua casa. De fato, ele só carregava
uma peixeira na cintura para se defender de alguns animais que pernoitava no
mato. Mas de repente se depara com uma rede e algo dentro, logo após a curva da
estrada da Fazenda Olho D’água.
Como o rapaz tinha fama de corajoso, não perdeu o seu
tempo, arrastou a peixeira da cintura e perfurou a rede completamente, ficou
igual a uma tábua-de-pirulito. Então seus amigos que tramaram tudo isso,
ficaram morrendo de rir ao ver a loucura do rapaz enfiando a peixeira na rede
com um tronco de bananeira deitado dentro.
Mário Antônio Querino da Silva – Escritor de Cristo
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