Poeta Mário Querino 18/08/2015 |
Um sábio visitou um
povoado,
Obviamente desconhecido.
Fez um passeio bem animado,
Pois encontraria com
amigos.
Ao chegar, ele ficou pensativo
Ao deparar com tudo natural.
Claro, já bastante
agradecido
Na companhia do pessoal,
Então comentou bem assim:
“Que lugar bom e
hospitaleiro,
Isso é agradável para mim,
Passaria o meu tempo
inteiro
Neste maravilhoso povoado!”
Todo mundo também ficou
Notando seu carro
importado.
Então o sábio assim
perguntou:
“Quem sabe dar uma volta
Neste meu carro, amigos?”
Ninguém lhe deu a resposta.
Contudo, um louco atrevido
Se aproximou e assim
disse:
“Darei uma volta muito
bem.”
O sábio parou e ficou
triste
E todos menearam também
A cabeça e disseram assim:
“Amigo, ele é um cara louco,
Não sabe nada, e vai dar fim
No seu carro, não faça
gosto!”
E o sábio já muito
pensativo.
Contemplou todo mundo
E assim falou para os
amigos:
“O carro tem sigilo
profundo,
Ele não conseguirá nem
abrir
A porta, faço o seu bom
gosto.”
Pegou a chave e disse: “Aqui.”
Sentiu muita alegria o
louco
E todos ficaram com as
mãos
Assentadas sobre a cabeça.
O louco não falou nada não,
Mas por incrível que
pareça,
O louco se abeirou do
carro,
Observou se tinha dano,
E percebeu que era raro
O carro que estava olhando.
Depois rodeou feliz o
carro,
De fato, com a chave na
mão.
O sábio acedeu um cigarro
Com uma grande expectação
E ansiando o louco dar a
volta
No seu carro importado,
Todos já faziam suas
apostas
E o louco ali, bem
sossegado.
Voltando entregou ao sábio
A chave de seu carro
bonito.
O sábio disse: “Tranquilizado
Eu estava, você não faria
isso.”
O louco perguntou: “O quê?”
O sábio disse: “Dar volta
no carro.”
Disse o louco: “Já dei com
saber
E deixei para todos tudo
claro.
Vocês não viram eu
rodeando
Todo o carro bem devagar?
De fato, a volta estava
dando,
Só cego ficou sem
enxergar.”
Então todo mundo ali falou:
“A loucura que o Senhor
Deus dá
É o saber que o homem
ocultou.”
O sábio disse: “Me boto a
pensar.”
Mário Querino – Poeta de
Deus
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