Poeta Mário Querino 12/08/2015 |
Volto o tempo de criança,
Com sete anos de idade
Que corria com segurança
Pela rua da minha cidade.
Realmente, pês descalços,
E apenas com calça curta,
Percorria todos os espaços
Sem visar nenhuma culpa.
Às vezes a chuva aqui
caía,
Eu tirava a calça e ficava
nu,
E pelas ruas de chão
corria
No cantinho de Pindobaçu.
Ficava debaixo das
goteiras
E a chuva caindo sem parar
No Distrito de Bananeiras,
E esse tempo eu quis
voltar.
Quando eu chegava em casa,
Minha mãe ficava inquieta,
Pois roupa não encontrava,
E dizia: “Agora vá perder
esta.”
Daí com paciência me
vestia
E eu ia pular nas camas
Ou fazer outras
estripulias.
Minha mãe de novo reclama:
“Você parece que tem
dois...
Não fica quieto um
minuto!”
Olhava a minha mãe, e
depois
Já lhe dava um grande
susto.
Quando eu tinha sete
aninhos
Eu já era muito criativo,
Às vezes desviava o
caminho
Pra deixar meu pai
pensativo.
Uns me chamavam de atilado
E outros de menino louco.
Eu fazia estripulia no
povoado
Que até agora sinto o
gosto.
Meu tempo passou tão
ligeiro
Que não deu tempo eu
viver,
Hoje conto pro mundo
inteiro
Que a terceira idade vai
ser
Bem mais especial para
mim.
Quando eu era uma criança
Não via tanta coisa boa
assim,
Este é o tempo de abastança.
Mário Querino – Poeta de
Deus
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