Eu já observando algo
Nos setores públicos,
Fico muito chateado,
Mas do bom desfruto.
Pois tenho assumido
Com fé, paz e amor
O que foi permitido
Pelo chefe e o Senhor.
Sei que não é bom
Viver num lugar assim,
Com agitação e som
Que sufoca até ao fim.
Mas o que posso fazer,
Se o povo perde a lida
E agora quer viver
Desanimado da vida?
Como o meu objetivo
É auferir grana com luta,
Mesmo sem o sentido
Nas entidades públicas,
Devo fazer minha parte,
Se uns não queiram fazer
Ou ruim então me achem,
Todavia, é o meu dever.
Eu jamais acharei justo
Ganhar dinheiro assim,
Ainda que seja público,
Quero suar até ao fim.
Vou fazer meu trabalho
Na precisada situação.
Claro, sigo o meu atalho
Com júbilo no coração.
No dia em que eu pensar
De enrolar a entidade
E querer então ganhar
Por labor de má vontade,
Eu peço a exoneração
E vou viver como quero.
Mas estando na função,
Presto serviço sincero
Sem meu chefe presente
Para eu fazer o trabalho.
Porque estou consciente
E sigo feliz o meu atalho.
Mário Querino – Poeta de Deus
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