Poeta Mário Querino 29/09/2016 |
Um homem de Deus
Chegou numa multidão
De pessoas estudadas
E muitos de formação.
Daí o homem de Deus
Com fé e júbilo falou
Em voz bem delicada:
“A Paz do Senhor!”
Todos tentaram fingir
Não ouvir a saudação.
O homem de Deus feliz
Disse de todo o coração:
“Graças dou ao Senhor
Por já terem muita paz
E no momento rejeitam
Por serem cheios demais.
Se eu sempre chegasse
E ninguém quisesse Paz,
Mil glórias eu iria dar,
Pois Paz já teria demais.
Na minha concepção,
Quem rejeita algo,
É porque já está farto,
Não há lugar adequado
Para acumular mais.
Eu sei que a tendência
De quem tem muito,
Buscar mais não pensa. ”
Se o homem de Deus
Tivesse dado dinheiro,
O alvoroço aumentaria,
Gritariam o dia inteiro:
“Dá-nos mais amigo!”
E pulando de alegria
Dizendo: “Traz mais...
Venha em outro dia!”
Ora, O homem de Deus,
Feliz porque ninguém
Recebeu a Santa Paz,
Por se acharem bem,
Mas uns após ouvirem
E por precisarem, sim,
Da Paz do Senhor,
Viram tintim por tintim.
O homem de Deus viu
Que a multidão estava
Repleta de paz
E de mais não precisava.
Quem pensou negativo
Contra o homem de Deus,
Ficou decepcionado
E atrás da Paz correu.
O homem de Deus já tinha
Seguido o seu destino,
Quem não recebeu a Paz
Alegre, ficou sentindo
Falta da verdadeira Paz,
E pagou um alto preço.
Mas o homem de Deus
Deixou o seu endereço...
Mário Querino – Poeta de Deus
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