Poeta Mário Querino 20/04/2017 |
Eu estava numa das ruas
Do Distrito de Bananeiras,
Um cidadão lá me viu sim
E interpretou de maneira
Desagradável para Deus:
“Este homem é um louco,
Roupa suja, boné pra trás,
Não tenho nenhum pouco
De dúvida, ele é um doido!”
E assim me interpretou
Pelo meu simples aspecto
Que nesse dia se deparou
Comigo na Rua São José
Do Distrito de Bananeiras.
Ele não me conhecia não,
Ao ver-me dessa maneira,
Julgou que eu era louco.
Um certo dia me aprontei
E fui dar uma passeada
E o tal cidadão encontrei.
Ele ao recordar de alguém
Que viu no meu Distrito,
Se aproximou e indagou:
“Amigo, eu já tenho visto
Uma pessoa semelhante
Ao senhor num povoado
Chamado de Bananeiras,
Sua família é desse lado?”
Então respondi que sim.
O cidadão falando mais:
“Ele estava com a camisa
De listra e boné pra trás,
Tinha aparência de louco.”
Indaguei: Em que rua viste
Esse cara em Bananeiras?
Ele falou: “Na que existe
Um Colégio muito bonito.”
Falei: Ah! Sei. Na São José.
Como estava todo social
Ao lado de Jesus de Nazaré,
O cidadão me tratou bem,
Ainda sem saber que eu
Era o louco que ele viu
Ao visitar o Distrito meu.
Ao pegar o conhecimento
Com o cidadão declarei
Com muito júbilo assim:
Agora, do senhor lembrei,
Aquele cara que parece
Comigo, é o mesmo que
Está falando com o senhor,
Com júbilo e muito prazer.
O cidadão ficou sem jeito,
Mas eu não aumentei não
A coivara. Somente falei:
Isso acontece meu irmão,
Com quem vem do labor,
Dependendo... Vem sujo,
Rasgado parecendo louco.
Mas hoje faço um estudo
Para aprender não julgar
E não ver pela aparência.
Pois a aparência engana,
E oculta a inteligência.
Mário Querino – Poeta de Deus
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