Numa pobre cidade havia
Uma tradição do povo,
Quando algum lá morria
Ninguém tinha bom gozo
De trabalhar contente,
Pois todos eram vistos
Como irmãos presentes
No Senhor Jesus Cristo.
Porém, isso foi passando
E o modernismo vindo,
O capitalismo tomando
Conta do atual destino.
Tudo foi se modificando,
Ser humano fica para trás
E o lucro tem o comando,
Visa status cada vez mais.
Então ouviram uns gritos,
A voz surgida na cidade:
“Morreu o varão mais rico
Desta pequena cidade!”
Quando a esposa do rico
Ouviu essa notícia,
Disse: “Meu Jesus Cristo!”
E gritando assim ela fica:
“Meu marido morreu,
Meu marido morreu sim!
O que eu farei povo meu,
O que será agora de mim?”
Mas ao chegar em casa
Recebe um telefonema,
Do marido que falava:
“Amor, você me entenda,
Ficarei mais um pouco,
Mas estou organizando
A viagem de bom gosto,
Breve estarei chegando.”
A sua esposa suspirou,
E disse a Jesus Cristo:
“Alguém assim me falou:
‘Morreu o varão mais rico.’
Eu achei que fosse o meu
Querido companheiro,
Contudo, graças a Deus,
Isso não foi verdadeiro.”
O labor deu andamento,
E o defunto lá no canto
Esperando sepultamento
Que não houve pranto.
Contudo, o Céu se abriu
Para receber com alegria,
Um espírito que sentiu
Desprezo durante os dias
Que passou neste mundo
Onde status tem no viver
Um valor mais profundo,
Do que o próprio Ser.
Mário Querino – Poeta de Deus
Poeta Mário Querino 21/11/2017 |
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