segunda-feira, 13 de novembro de 2017

QUEM OUSA PÔR EM RISCO O SEU EMPREGO PARA FAZER UMA CARIDADE?

Poeta Mário Querino 13/11/2017


Um motorista dirigia
Um ônibus público,
E numa placa dizia:
“É proibido carona.” O culto


Motorista via a Lei
Que seu chefe criou,
Contudo, por sua vez
Essa Lei ele quebrou.


Numa longa viagem
Que o motorista fazia
Um ia com bagagem
Sob um sol que ardia.


Daí o motorista parou
O ônibus, deu carona
E ainda subir ajudou.
Seu colega tudo sonda


E quando o velhinho
Do ônibus desceu,
Despediu com carinho,
Contudo o colega seu


Falou algo negativo
Para o seu bom colega:
“Amigo, é um perigo
Quando você pega


Alguém na estrada
Para lhe dar carona.”
O motorista nada
Disse. Índole idônea,


Mas indagou: “Se eu
Chegar a essa idade
E o filho ou neto seu
Fizer essa caridade,


Dá pra compreender
Que você educou sim,
E Deus quer então ver
A gente fazer até o fim


Esse bem as pessoas.
Porque o ser humano
É para viver numa boa
Sempre uns ajudando


Os outros que carecem
De ajuda para melhor
Viver aqui. Isto cresce
Uma amizade ao redor.”


Ainda assim o colega foi
Fazer fofoca do amigo
Que fez o bem e depois
Por isso ele foi punido.


Mas Deus viu seu amor
Da sua atitude humana.
Certamente lhe inspirou
E o verbo ele manda:


“Meu chefe de transporte,
O que eu tenho a dizer,
Que esta punição é forte
Pelo bem que quis fazer.


Contudo, fique sabendo
Que, se fosse a mãe sua
Que estivesse sofrendo
Debaixo do sol numa rua  


Sozinha sem puder andar
E passasse despercebido,
Irado o senhor iria ficar
E seria também punido,


Claro, com mais rigor.
Então faça o que quiser
Estou abaixo do senhor,
Mas penso que licito é


Um motorista passar
Conduzindo um carro
Que pode então levar
50 passageiros ... É raro


O motorista não fazer
Essa obra de caridade.
Contudo, eu vou dizer
Que lido nesta entidade,


Porém, se eu não servir
Para ser seu motorista,
Com razão pode demitir,
Eu não porei na justiça


Esta entidade pública
Porque serei demitido
Por uma razão justa:
Levando o velho sofrido


Num ônibus público,
O qual estava vazio sim.
Seu determinado custo
Sai do senhor e de mim.”


Mário Querino – Poeta de Deus 

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