Poeta Mário Querino 07/04/2018 |
Numa roça havia um boi
Que afligiu ao fazendeiro,
Daí ele pensou e depois
Determinou ao vaqueiro:
“Meu vaqueiro de fidúcia,
Vá à roça e prenda sim
O boi, para mim ele custa
Caro, mas nele darei fim,
Pois já estou desgostoso.
Ele está mobilizando sim
A boiada, isso tira o gozo,
E não dá lucro para mim.”
E o vaqueiro com pena,
Se aproximou do boi, viu
Que seria um problema,
Temeu e daí então fugiu.
Ora, o vaqueiro esperou
O boi entrar no curral
Com amor e por amor.
Mas o boi é um animal,
Que não é do rebanho
De besta, ficou pacífico.
O vaqueiro com tamanho
Medo esperou por isso.
O boi nunca ia ao curral
Para o vaqueiro fechar
A porteira. O dono legal,
Achou ruim, determinar
Mais uma vez quis: “Vá
Prender o boi, ó vaqueiro,
Pois incomodando está.
Ele custa muito dinheiro
Mas da minha roça quero
Tirar, custe o que custar.”
O vaqueiro, triste, é vero,
Vai à roça e lá o boi está
Estre o rebanho todo feliz.
Mas o vaqueiro tem pena,
E seu nervoso coração diz:
“Sua prisão será problema!
O que eu devo fazer agora?”
O boi dar um passo a mais,
E o vaqueiro então chora
De dó e medo que ele faz.
Após abaixa a cabeça e diz:
“Maldito é este dinheiro
Que eu ganho assim feliz
Sendo o melhor vaqueiro!”
Mário Querino – Poeta de Deus
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