Poeta Mário Querino 06/08/2018 |
Alguém perguntou assim:
“Qual
é o setor intricado
Para se manter a justiça?”
Olhei para todos os lados
E o que devo responder?
É óbvio, com experiência,
Eu respondi: A Portaria.
Alguém de benevolência
Olhou-me e perguntou
Novamente para mim:
“Por que é a Portaria?”
Daí então, falei assim:
Porque há um controle
De tudo que entra e sai,
E pode quebrar normas,
Tudo com amigos se faz.
Exemplo: Alguém chega
No portão para entrar,
O guarda não permite,
Para regras não quebrar.
Alguém pega o Celular
E liga para outro setor
Aonde a pessoa amiga
Lida, a qual tira o valor
Da função do guarda.
E com ironia alguém
Fala: “Tu me impedirás?
Quem és tu também?
O guarda tenta explicar,
Pois ele cumpre ordens.
Deixa alguém no portão,
E vai saber se ele pode
Entrar na entidade sim.
Antes do guarda acabar
O seu raciocínio, alguém
Já começa então a falar:
“É fulano de tal? Deixe
Ele entrar, já me ligou.”
Mas alguém fez de conta
Que guarda é sem valor,
Não passou informação
Para a visita ter o direito
De sua entrada franca,
Foi barrado deste jeito.
Após ter quebrado a Lei,
Ficando já contrariado,
E o visitante dizendo:
“Tu me deixas barrado
Neste portão, ó cara?
Um amigo na praça,
Vale mais que dinheiro
No bolso ou na caixa.”
Rindo da cara do guarda,
Que recebeu a ordem
E se obriga a quebrar,
Agradando a quem pode.
Simplesmente o guarda
Diz triste e constrangido:
“Sei, manda quem pode
E obedece que tem juízo.
E Deus me perdoe sim,
Quebrei a Lei consciente,
Mas quebrei por ordem
De superior a gente,
De quem tem amizade
Mas forte que a “justiça”,
Que homem manipula
Para exibir a conquista.
O Senhor Deus, é mais,
E essas coisas passarão."
Mas os guardas lícitos,
Põem os joelhos no chão
E têm resposta de Deus.
Pois quem quebra as leis,
Não são os guardas não,
Assim para alguém falei.
Mário Querino – Poeta de
Deus
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