Poeta Mário Querino 09/08/2018 |
A Sabedoria perguntou:
“És dono da entidade?
És nela algum Diretor?
Tens nela autoridade?”
Falei: Não, ó Sabedoria,
Sou apenas Porteiro.
A Sabedoria só queira
Saber. Pois o dia inteiro
Me via tão preocupado
Com tudo da entidade.
Ficava até estressado
Sem haver necessidade.
Se tudo há uma Direção,
Não sou nenhum dono,
Não tenho o poder não,
Não sou seu mordomo,
Por que ficar estressado
Com coisas da entidade?
Se o meu labor prestado
Não tem uma utilidade...
Só estou por um direito
De ocupar a minha vaga?
Ainda assim, deste jeito,
Não recuso fazer nada.
A Sabedoria quis saber
Por que eu vivo assim.
Daí caiu a ficha no viver
E notei tintim por tintim.
Parei então para pensar:
A Sabedoria tem razão,
Estou aqui para controlar
Este setor do portão.
Por que se intrometer
Noutros setores daqui?
Se eu vejo algo suceder,
Alguém deve assumir
E não vou me estressar.
Todos são designados
Para assumir o seu lugar
Com amor e animados.
Se alguém não tiver isso
Que citei agora a pouco,
Está em lugar ilícito,
E deve deixar para outro
Que tem gosto de fazer
Alguma coisa boa,
Que venha dar prazer
A si mesmo e as pessoas.
Ora, todos dando conta
Do setor com alegria,
Certamente se encontra
Com a amiga Sabedoria.
A Sabedoria perguntou
Em nome de Deus:
“Tudo na mente ficou?”
Meu coração respondeu:
Entendi: Ó minha amiga,
É errando que se aprende,
Quem tem medo na vida,
Não acerta e pretende
Nada nesta vida fazer,
Nada que venha agradar
A Jesus que tem prazer
De ver gente se alegrar
Com o trabalho que faz
Sobre este chão, com fé
Esperança, amor e paz,
Com Jesus de Nazaré.
Mário Querino Poeta de Deus
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