quinta-feira, 26 de setembro de 2019

“ESQUECENDO-ME DAS COISAS QUE PARA TRÁS FICAM E AVANÇANDO PARA AS QUE DIANTE DE MIM ESTÃO” (FP 3.12-16)

Poeta Mário Querino 26/09/2019



Eu estava assinando
Num Livro de Ponto,
Onde fica registrada
A presença. Já conto


Sim, fato apropriado
Que parece loucura,
Porém é sabedoria
Para esta Prefeitura


Do terno Município.
E quando terminei
De fazer meu nome
Malfeito, assim falei:


Ora, segundo a Bíblia,
Eu já devo esquecer
Do meu passado sim,
Lançar-me com prazer


Para frente. É óbvio,
Ser uma nova criatura
E servir bem melhor
Nesta boa Prefeitura.


Então, ao ver o nome
Assim tão malfeito,
Eu falei: Vou esquecer
Dele de qualquer jeito.


Daí alguém indagou:
“Por que vais esquecer
O nome?” Então falei:
A minha mãe quis ver


Ele assim, há 57 anos.
E já está com idade,
E ainda com opiniões
Antigas, sem civilidade.


Por isso meu coração
Quer voltar ao caído,
E o meu nome já está
Globalmente vencido.


Ora, segundo a Bíblia,
Paulo aconselhou sim,
Eu sempre me lançar
Pra frente. Ora a fim


De deixar o passado.
Então meu nome já
Tem 57 anos de idade,
E já é hora de mudar.


E agora, como fazer
O que a Bíblia manda,
Se devo esquecer sim
O passado? Essa grana


Será aplicada no meu
Procedimento futuro,
Pois o passado ficou
E o hoje não é seguro.


Então dá a entender,
Que a Bíblia Sagrada é
Um Livro complexo
E pra vivê-Lo, haja Fé,


No possível humano.
Porque cada Geração
O povo está achando  
Uma nova condição,


É claro, para melhor
Viver contemplando
Beleza feita por mãos
De gente. Já notando


Tudo que a Bíblia diz,
E o povo vive fazendo,
Nada vejo dentro não,
Da posição. Querendo


Ou não, devo esquecer
Todo o meu passado,
E o que tenho de velho,
Desde quando gerado,


É o meu próprio nome,
E segundo a Bíblia,
Já devo esquecer algo
Velho na minha vida.


É claro, o que tenho
De velho no meu viver,
É justamente o nome,
Por isso devo esquecer


E já ser visto diferente.
Certamente a loucura
Começa a ficar jururu,  
Pois serei nova criatura


Neste moderno tempo,
Onde o paletó, gravata
Camisa, cueca, meia
E sapato, e tudo melhor


Que nessa era da Bíblia.
Então para esquecer
De usar tudo isso novo,
E usar como pude saber


A Cultura dos ancestrais,
Certamente, ficarei sim
Mais louco nesta Terra
E não adiantaria a mim


Nada não, nada não,
Nada não mesmo aqui.
Ora, quem quiser ser
Justo, visando o porvir,


Seja, mas já aconselho:
Vá se embora da Terra,
Pois ainda não fazendo
Nada, neste pé de serra,


Sua vida já é envolvida
No adultério que passa
Pela mente, e já come,
Bebe, se veste e calça


De uma foram ilícita,
Já lida em ambientes
Onde a concorrência
É sim forte e sempre


Quer derribar o irmão.
Não é papel, ó cara,
De quem ler a Bíblia
Com Fé, pois declara


Que está camuflando
Para conseguir algo
Que lhe deixe feliz,
Ainda intuindo o Diabo


Com seu rabo no nariz,
Nos ouvidos, na boca
Nos olhos e nas mãos,
Faz suas coisas loucas.


Então, se for para viver
O que Paulo ensinou,
O que eu recebi quando
Eu nasci, agora, já ficou


Com 57 anos de idade,
Então, é a coisa mais
Velha que ainda tenho,
Desde guri, e para trás


Deve ficar, por já ser
Homem da idade.
Ora, como não posso
Esquecer, na verdade,


Meu nome, eu devo
Viver com liberdade,
Usando o que eu quiser
Dentro desta realidade.


Pois cada Geração tem
A sua Cultura na Terra,
Meus filhos têm sim
Ideias no pé de serra


Diferentes das minhas,
Meu neto já pensa
Diferente de meu filho.
Agora, com experiência


Eu indago aos irmãos:
Quem de vocês vai
Querer morar na casa
Que morou o seu pai,


Que herdou de seu avô?
Quem de vocês quer ir
Participar de um Culto
Num Templo que já vi


50 anos? Sem luz,
Sem água mineral, sem
Bancos confortáveis
E sem carro também


Pra conduzir Pregador
Até o local do Culto?
E caso, tenha lama, já
Inventa para o público


Que estava resolvendo
Negócios mais sérios,
Só para não pôr o carro
Na Estrada, é mistério,


Querer viver e ensinar
A Cultura de 6.000 anos
Nos tempos de hoje,
Vivê-la estou achando


Impossível. Então eu
Me lanço para frente,
E o que aparecer sim
Nesta Geração, ciente


Usufruirei até morrer
O meu corpo na Terra,
E a alma voltar pra Deus
Deixando o pé de serra.


Mas eu analisando sim,
Vi o nome que ganhei,  
E não tenho precisão,
Porque eu nunca usei,


E só quem usa é o povo,
Então, eu ter uma coisa
Durante 57 anos aqui
Na Terra, e a nação toda


Usar, enquanto eu fico
Só para ouvir: “Mário!
Ou Mário Querino!”   
Então, não é necessário


Eu ficar lembrando não,
De um nome que tem
57 anos de idade, e só
Os outros que vêm


Usando noite e dia sim.
Isso é uma loucura,
Crescer tanto o nome
E só outras bocas procura.


Mário Querino – Poeta de Deus      

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