Poeta Mário Querino 26/09/2019 |
Eu estava assinando
Num Livro de Ponto,
Onde fica registrada
A presença. Já conto
Sim, fato apropriado
Que parece loucura,
Porém é sabedoria
Para esta Prefeitura
Do terno Município.
E quando terminei
De fazer meu nome
Malfeito, assim falei:
Ora, segundo a Bíblia,
Eu já devo esquecer
Do meu passado sim,
Lançar-me com prazer
Para frente. É óbvio,
Ser uma nova criatura
E servir bem melhor
Nesta boa Prefeitura.
Então, ao ver o nome
Assim tão malfeito,
Eu falei: Vou esquecer
Dele de qualquer jeito.
Daí alguém indagou:
“Por que vais esquecer
O nome?” Então falei:
A minha mãe quis ver
Ele assim, há 57 anos.
E já está com idade,
E ainda com opiniões
Antigas, sem civilidade.
Por isso meu coração
Quer voltar ao caído,
E o meu nome já está
Globalmente vencido.
Ora, segundo a Bíblia,
Paulo aconselhou sim,
Eu sempre me lançar
Pra frente. Ora a fim
De deixar o passado.
Então meu nome já
Tem 57 anos de idade,
E já é hora de mudar.
E agora, como fazer
O que a Bíblia manda,
Se devo esquecer sim
O passado? Essa grana
Será aplicada no meu
Procedimento futuro,
Pois o passado ficou
E o hoje não é seguro.
Então dá a entender,
Que a Bíblia Sagrada é
Um Livro complexo
E pra vivê-Lo, haja Fé,
No possível humano.
Porque cada Geração
O povo está achando
Uma nova condição,
É claro, para melhor
Viver contemplando
Beleza feita por mãos
De gente. Já notando
Tudo que a Bíblia diz,
E o povo vive fazendo,
Nada vejo dentro não,
Da posição. Querendo
Ou não, devo esquecer
Todo o meu passado,
E o que tenho de velho,
Desde quando gerado,
É o meu próprio nome,
E segundo a Bíblia,
Já devo esquecer algo
Velho na minha vida.
É claro, o que tenho
De velho no meu viver,
É justamente o nome,
Por isso devo esquecer
E já ser visto diferente.
Certamente a loucura
Começa a ficar jururu,
Pois serei nova criatura
Neste moderno tempo,
Onde o paletó, gravata
Camisa, cueca, meia
E sapato, e tudo melhor
Que nessa era da Bíblia.
Então para esquecer
De usar tudo isso novo,
E usar como pude saber
A Cultura dos ancestrais,
Certamente, ficarei sim
Mais louco nesta Terra
E não adiantaria a mim
Nada não, nada não,
Nada não mesmo aqui.
Ora, quem quiser ser
Justo, visando o porvir,
Seja, mas já aconselho:
Vá se embora da Terra,
Pois ainda não fazendo
Nada, neste pé de serra,
Sua vida já é envolvida
No adultério que passa
Pela mente, e já come,
Bebe, se veste e calça
De uma foram ilícita,
Já lida em ambientes
Onde a concorrência
É sim forte e sempre
Quer derribar o irmão.
Não é papel, ó cara,
De quem ler a Bíblia
Com Fé, pois declara
Que está camuflando
Para conseguir algo
Que lhe deixe feliz,
Ainda intuindo o Diabo
Com seu rabo no nariz,
Nos ouvidos, na boca
Nos olhos e nas mãos,
Faz suas coisas loucas.
Então, se for para viver
O que Paulo ensinou,
O que eu recebi quando
Eu nasci, agora, já ficou
Com 57 anos de idade,
Então, é a coisa mais
Velha que ainda tenho,
Desde guri, e para trás
Deve ficar, por já ser
Homem da 3ª idade.
Ora, como não posso
Esquecer, na verdade,
Meu nome, eu devo
Viver com liberdade,
Usando o que eu quiser
Dentro desta realidade.
Pois cada Geração tem
A sua Cultura na Terra,
Meus filhos têm sim
Ideias no pé de serra
Diferentes das minhas,
Meu neto já pensa
Diferente de meu filho.
Agora, com experiência
Eu indago aos irmãos:
Quem de vocês vai
Querer morar na casa
Que morou o seu pai,
Que herdou de seu avô?
Quem de vocês quer ir
Participar de um Culto
Num Templo que já vi
Há 50 anos? Sem luz,
Sem água mineral, sem
Bancos confortáveis
E sem carro também
Pra conduzir Pregador
Até o local do Culto?
E caso, tenha lama, já
Inventa para o público
Que estava resolvendo
Negócios mais sérios,
Só para não pôr o carro
Na Estrada, é mistério,
Querer viver e ensinar
A Cultura de 6.000 anos
Nos tempos de hoje,
Vivê-la estou achando
Impossível. Então eu
Me lanço para frente,
E o que aparecer sim
Nesta Geração, ciente
Usufruirei até morrer
O meu corpo na Terra,
E a alma voltar pra Deus
Deixando o pé de serra.
Mas eu analisando sim,
Vi o nome que ganhei,
E não tenho precisão,
Porque eu nunca usei,
E só quem usa é o povo,
Então, eu ter uma coisa
Durante 57 anos aqui
Na Terra, e a nação toda
Usar, enquanto eu fico
Só para ouvir: “Mário!
Ou Mário Querino!”
Então, não é necessário
Eu ficar lembrando não,
De um nome que tem
57 anos de idade, e só
Os outros que vêm
Usando noite e dia sim.
Isso é uma loucura,
Crescer tanto o nome
E só outras bocas procura.
Mário Querino – Poeta de
Deus
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