Poeta Mário Querino 07/09/2019 |
Nesta madrugada,
Sonhei que havia
Um casal especial,
Que a muitos fazia
Inveja na sua aldeia.
Claro, a mulher era
Tão bem cuidada
Neste planeta Terra,
Que até abusou sim
Do agrado do varão.
Daí apareceu o cara
Como espertalhão
E começou a seguir
Essa modesta varoa
Mas como não havia
Má intenção, na boa
A mulher vivia sim,
Sem levar em conta
O acompanhamento
Do cara que apronta
Com tática, só a fim
De destruir a união
Do casal, que ali vivia
Só de amor e paixão.
É óbvio, o cara não
Tinha nenhum brilho
Nem também grana
Durante o seu trilho
Neste planeta Terra.
Porém, como a força
Da inveja e do ciúme
Seguia, deixou louca
A varoa que era sábia.
Daí, seu bom marido
Já percebendo tudo,
Começou dar sentido.
É claro, sem mostrar
Nada, ao contrário,
Fazia melhor o gosto,
Além do necessário.
Tudo o que a varoa
Achava que o varão
Proibia ela possuir,
Claro, ele abria mão.
E assim por diante,
Foi mostrando sim,
Mais amor e carinho,
E nada achando ruim,
A ponto dele passar
5 anos de restrição,
Sem comentar nada
Aos amigos e irmãos.
Certamente, a paixão
Do cara foi ficando
Quase incontrolável.
Então, nada notando,
Falava palavras sim,
Fazia também gesto,
Como se o marido
Não estivesse perto.
Sossegado ele passou
Mais 5 anos, e o cara
Tentando uma brecha,
E a coisa ficando clara.
Obviamente o marido
Dessa mulher seguida,
Com muita paciência
Indagou: “Ó querida,
Me amas?” Ela disse:
“Sim, claro que amo.”
Passando mais 5 anos,
Ele ainda investigando
Perguntou de novo:
“Meu bem, me amas?”
Ela disse: “Sim paixão,
Meu amor tem chama
Acesa como a Morte.”
Claro, com mais 5 anos,
Ele indagou: “Me amas?”
Ora, ela desconfiando,
Objetou bem assim:
“Por que de 5 anos em
5 anos me perguntas
Se te amo, ó meu bem?”
Então, ele respondeu
Tranquilamente assim:
“Está fazendo 20 anos
Que carrego em mim
Uma boa curiosidade.
Mas revelar não posso
Antes de teres precisão
De mim. Mas eu gosto
De servir, já é tempo
De não lhe ajudar.”
Daí o tempo passou,
Fez o marido declarar:
“Hoje, já é o tempo
De nosso lar se dividir,
A senhora vai deixar
Ou eu sumirei daqui.”
Daí a mulher clamor:
“Meu Deus, agora
Que estou precisando
Do varão, vai embora!
Quem zelará de mim?
Já fui contraída sim
Pelo maldito câncer,
Agora, longe de mim
O meu amado marido!
Por que Deus, eu sofrer
Tanto neste mundo?”
A voz disse: “Ao morrer,
Aumentará o desgosto,
Pois lhe dei tudo aqui,
Para viveres ditosa,
Caíste por não refletir,
E cientes que na Terra
Tudo passa como vento.
Então, agora, já chegou
A vez de seus lamentos.”
Mário Querino -
Poeta de Deus
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