Poeta Mário Querino 14/02/2020 |
Alguém me disse assim:
“Está no tempo de calar
A boca e somente ouvir,
Este povo aguçado falar
Tudo que há no coração.”
Mas olhei no seu olhar
Para responder o certo,
Porém, eu só quis falar:
Não é justo eu me calar,
Somente por causa sua,
Porque eu entendo sim
Que é pública essa rua.
E para eu me calar, vou
Cair sim na depressão,
E não visar mais o bem
Que carece cada Nação.
Ora, o que eu vou fazer,
Para não usar mais pão,
Se caso costurar a boca
Deste cara no sertão?
Realmente, não haverá
Mais Poesia no Distrito,
Contudo, eu até agora,
Pela Força da Fé insisto
Com Amor e por Amor
Em tudo que eu faço,
Todavia, sendo lícito,
Ainda no bom espaço.
Então, eu resolvi tudo
Já cônscio do salário,
Que em verdade, eu
Só viso o necessário.
Então, calar a boca,
Pode ser simplificado,
Mas a ideia e coração,
Não ficarão calados.
E o Homem deve sim
Se encorajar para falar,
Ainda sendo obrigado
A sua boca costurar
Para não falar nada,
Porque ninguém sabe
Do que se trata. Ora,
Isso somente cabe
A pessoa e ao Senhor.
Então, coser uma boca
Para não falar nada,
Ora, é submissão louca
Que me dá a entender
Uma pontinha de medo,
Uma falta de confiança
Que o Céu é o lugarejo
Onde devemos mirar.
Pois no planeta Terra,
Tudo isso se extirpará,
Não foge o pé de serra.
Mário Querino – Poeta de Deus
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