Após umas semanas
Que os meus delírios
Começam ir embora,
Faço relatório daquilo
Que eu posso relatar
Aos meus amigos
Que sempre seguem
Meus bons objetivos.
Um cara ia passando
Numa rua do Distrito,
Uns ficavam falando
E o cara ouvindo isso:
“Esse cara é um louco,
Vive sozinho falando
Sem nenhum outro
Para ficar escutando.
Já percebes, ó amigo,
O cara fica ideando
O que vem no juízo
E gente comentando
Que o cara é doidão,
Diferente dos outros,
E nem todos normais
Fazem isso. É louco,
E faz com facilidade,
E como então julgar
Tanta fé e capacidade
Do cara neste lugar?
Veremos o que se dar
Sem uma repreensão.
Porque cabe a quem
Ouve ideias de doidão.”
Ali então, havia alguém
Muito amigo do cara,
E ouvindo também,
Fez uma boa ação rara
Na terra de Bananeiras.
E daí fez o seu Convite:
“Que tal, a tarde inteira,
Ficarmos com ledice
Na casa do cara “louco”,
Como estás julgando
Sem refletir um pouco,
Do que vive altercando?”
Daí foram à casa do cara,
Quando foram entrando,
Seu olhar viu coisa rara,
Neste cantinho baiano,
E o seu coração atraído
Com tanta paz e beleza,
E sendo bem recebidos
Mudaram a natureza
De julgadores para ter
A natureza diferente,
E o amigo do cara vê
O olhar incandescente
E comentou baixinho:
“Tudo é ele quem faz,
E o que não for é sim
A Mulher que é capaz
De com seu trabalho
Com direito, comprar
Para que o seu atalho
Seja feliz neste lugar.”
Mário Querino – Poeta de
Deus
Poeta Mário Querino 13/02/2020 |
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