Penso que tudo já está
Mudado na minha vida,
Palavras estão sumindo
Da minha ideia sofrida.
Passei umas semanas
Inteiramente confuso,
Ouvia o povo falar sim
Como sabendo tudo
Sobre a minha pessoa.
Mas só era impressão
Da minha mente sim,
Para mudar a direção
Ou o foco que mirava
O meu olhar na Terra,
Sobretudo no Distrito,
Meu bom pé de serra.
E quando eu passava
Pelas ruas do Distrito,
O boato que eu ouvia
Sinceramente, era isso:
Osso, gato, cachorro,
Mangueira, água, sapo,
Mulher, viagem, avião,
Cabelo... É claro, fatos
Que eu achava reais,
Pois era o que o juízo
Idealizava no Tempo
Em que eu via perigo
No meu bom atalho.
Pois na minha visão,
Eu vi bem esclarecido
Por ciúme, suspeição
E receio de eu perder
Algo de importância
Na minha vida sim.
Mas por ter Tolerância
E Paciência de cozer
Pedras, esperar esfriar
O caldo e até o irmão
Atrasado aqui chegar,
Ora, no Trem da Grota,
Como mãe aqui dizia
Quando os seus filhos
Em casa não apareciam
Na hora das refeições,
Ou na hora da dormida.
Então, ficava na mesa
Um tempão a comida,
E mãe ficava acordada
Até o seu último filho
Chegar para dormir,
Pois no seu bom trilho
Ela concebeu 13 filhos,
E 2 morreram após...
Mas ainda há 11 vivos,
E Deus contempla nós.
Então, passei por um
Processo de loucura
Para descobrir algo
Que bloqueia a Cultura
Que deveriam agarrar
Com unhas e dentes,
Para o nosso Distrito
Se ver mais contente.
Claro, tudo isso ouvi
Com muita clareza,
Mas não me importei,
Por ter plena certeza
Que era um espírito
Fofoqueiro que agia
Somente para fazer
Eu perder esta alegria.
Eu cheguei ao ponto
De discutir com Marisa,
Achando que ela era
Contra o modo de vida
Que eu estava levando
Aqui em Bananeiras,
Ouvindo essas palavras
Da população inteira,
Comecei a rejeitar sim
O meu bom alimento,
Feito pela Varoa Marisa,
Amor vindo de dentro...
Mário Querino – Poeta de
Deus
Zinho & Marisa 15/02/2020 |
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