Mário Querino 18/05/2020 |
Quando eu contemplo
A serra de Bananeiras,
Vem um pensamento
E reflito a vida inteira.
Eu olho para um lado
E aprecio bem o outro,
Eu viro para trás sim,
E vejo o jovem louco,
O qual não tinha mais
A esperança de voltar
A ser um cara normal.
Daí então, meu pensar
Se aprofunda mais sim
E percebo que a vida
É apaixonada, e quer
Apaixonar a Marisa,
Mulher que encarou
A minha vil loucura,
E entre altos e baixos
Ama-me com ternura,
De espírito e alma,
E também de coração,
Sem olvidar a mente
Onde aciona a paixão
Entre eu e ela aqui
No planeta Terra,
Mormente no Distrito,
Meu bom pé de serra.
Então, não devo não,
Deixar de regressar
Ao meu vil passado
Para não me orgulhar,
Achar que sou melhor
Do que os outros.
Preciso ter em mente
Que já fui um louco,
E ainda sendo sujeito
A qualquer momento,
Transtorno inevitável,
Só cabe pensamento,
E não a minha paixão.
Depende desse meio
E da convivência sim,
Nessa teoria eu creio,
Pois minha mãe dizia:
“Quem faz o ladrão
É a precisão.” E quem
É justo sobre o Chão?
Ora, quem ousa dizer
Que nunca roubou?
Pois quem pega algo
Oculto, seja o que for,
Já está roubando sim.
Na minha concepção,
Pegar espiga de milho
Sem devida permissão,
É desonesto, eu sinto
Muito comentar forte,
Mas sou obrigado falar
Ainda que cause morte.
Porque a má intenção
De quem pega espiga
De milho escondido,
Se tiver chance na vida,
Pega boi, o motor que
Molha o pé de milho
Pega um milhão,
Caso apareça no trilho,
E assim por diante.
Quer ser justo na Terra,
Sobretudo no Distrito,
Meu bom pé de serra?
Tudo que você precisar,
Peça ao seu possuidor,
Se ele não lhe der,
Vá pedir a outro senhor.
Ora, peça a dez caras,
Se nenhum lhe der,
Peça a mais um sim,
Que pode dar por fé.
Pegar as escondidas,
Já está cônscio que é
Um ato de desonesto,
Até sendo da mulher,
Deve ser comunicado,
Pra ela não julgar
Que foi gente de fora
Que entrou pra pegar.
Se for contra o texto,
Me mostre a verdade,
Para que eu também
Pegue com liberdade,
E a minha consciência
Não me venha tachar
Como ladrão aqui.
Se for a favor, e achar
Bom curtir, comentar,
Compartilhar e fazer
Algo pra todo mundo
Ver, ler e esclarecer,
Fico muito agradecido
E acharei bom demais.
Por isso não decreto
Meus direitos autorais.
Porque se eu publico
Nas redes sociais, nada
Quero esconder aqui,
Caso, não, engavetava.
Mário Querino – Poeta de Deus
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