Não adianta eu querer
Fazer algo escondido,
Até as aves me vigiam,
Isso tenho percebido.
Pois eu vinha da roça,
Achando que estava
Vindo só nessa trilha,
Um abutre já notava
Meus lentos passos,
E nem ligou pra voar,
Porque a minha ideia
Só era lhe fotografar
E lhe deixar famoso.
Daí ele se equilibrou
Num fio de uma rede
Elétrica, e me notou
Com muita atenção,
Pois me vigiava sim,
Para ver se eu faria
Algo ilícito ou ruim.
Ora, mais na frente
Havia um jumento,
Também já vigiando
Meus passos lentos
Que já iam seguindo
Em direção de casa,
Já quase meio-dia.
Marisa já esperava
Eu chegar cansado,
Para comer o feijão
Com arroz, carne
E sim, com macarrão.
Enquanto o jumento
Estava feliz da vida,
Dentro de um pasto
Repleto de comidas,
Sobretudo de capim.
Porque nesta Região
Está caindo chuva,
Para alegrar o sertão.
Mário Querino – Poeta de
Deus
Mário Querino 03/05/2020 |
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