Mário Querino 27/05/2020 |
Hoje, eu passei o dia
Dando terra no milho,
Como meu pai dizia,
Ao pisar neste trilho,
É claro, dessa roça
Que com Fé, Justiça
E Direito já é nossa,
Na área a gente fica.
O certo é fica em casa,
Mas um cara como eu,
Ficar sem fazer nada,
Pra aguentar, só Deus.
Ora, como Deus não
Quer eu impaciente,
Deixou meus irmãos
Liberarem pra gente
Cercar essa boa área,
Pra passarmos tempo
Entretidos, coisa rara,
Cara com pensamento
De puxar uma enxada,
Depois de idoso
Ou de idade avançada
Entre todo esse povo.
E a tarde, Marisa foi
Levar o meu almoço,
Acaz e Luisiane, depois
Chegaram com gosto,
Marisa, Acaz e Luisiane 27/05/2020 |
Pra ficarem até o fim
Da tarde com a gente.
Enquanto eu dava sim
Terra no milho ciente,
A Marisa semeava
Caroços de tangerina
E laranja, sossegada,
Obviamente, ainda
Semeou até girassol,
Para a chácara ficar
Bem florida, em prol
De quem lá chegar.
É claro, o Céu ficou
Cinzento e escuro,
O trovão só bradou,
Estávamos seguros.
Pois a chuva passava
Por longe do Distrito,
E voltamos pra casa,
Felizes com tudo isso,
Ora, bem mais cedo,
Porque o trabalho
Pesou, não foi medo
Da chuva no atalho.
Realmente, trovejou
Hoje a tarde inteira,
E chuva não chegou
Aqui em Bananeiras.
Mário Querino – Poeta de
Deus
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