Mário Querino 26/05/2020 |
Um senhor de idade
Estava com um serviço
A fazer, porém, caro,
Mas no seu Município
Havia homens bons,
A ponto da compaixão
Tocar no espírito, alma
E ainda no coração
De um senhor artífice,
O qual se prontificou
Para com paciência
Fazer a obra do senhor
Que era pobre, porém,
Queria fazer o trabalho
Que agradaria a família
Que segue sim atalho
Da mesma “pobreza...”
E com muita satisfação
Deu início ao trabalho
Sem preocupação,
Pois na sua memória
Trazia a ideia de ser
Mais um voluntário
Para também fazer
Esse senhor de idade
Muito ditoso
No cantinho do país,
Onde vivia com o povo.
Mas a hora já estava
Extrapolada, a noite já
Estava chegando
E o Artífice sem parar.
Daí então, o Artífice
Indagou: “Vamos deixar
Para amanhã? estamos
Cansados e não dar
Para acabarmos tudo
Hoje, ó meu senhor.”
E o homem de idade
Ao Artífice objetou:
“Homem não se cansa,
Se enfada. Se você
Estiver cansado, se vire,
É problema seu, fazer
O meu trabalho vamos! ”
O Artífice ficou calado,
E continuou a até o fim,
Ainda muito cansado.
Quando terminou sim,
O senhor de idade
Procurou saber o valor
Já esperando piedade
Do amigo Artífice sim.
Daí o Artífice objetou:
“O labor é R$ X reais.”
O patrão assim bradou:
“Não tenho esse valor,
E pagar a gente pode?”
O Artífice redarguiu:
“Se o senhor é pobre,
Eu não tenho culpa,
Agora se vire, trabalhei,
E quero o meu salário,
Como pagares não sei.
Eu vim com desígnio
De ser um voluntário,
Mas o senhor é tirano,
Então, quero o salário
Em troca de meu labor.
Ora, por honra a Palavra,
O senhor desta vez,
Não me pagará nada.
Mário Querino – Poeta de Deus
lindo
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