Mário Querino 20/05/2020 |
O Governo fecha espaço
Para o homem não fazer
Quase nada nas cidades.
Daí o homem por querer
Embolsar para usufruir
Com regalia, volta
Para o seu bom interior,
Mas Deus abre a porta
Do Céu e manda chuva,
A ponto do homem não
Poder fazer quase nada
Afastado de sua região.
Então, agora, o homem
Está ferrado sim,
Descobriu a Terra
Para plantar só capim,
E o Sistema padeceu
Com a vil descoberta.
Hoje, não há fazendas
Nem fábricas abertas
E o homem não pode
Desempenhar trabalho,
Porque o Sistema fecha,
Não ficará no atalho,
Porque a Polícia leva,
Não pode ficar em casa,
Porque a mulher não
Aceita sem fazer nada.
E agora, do que valeu
A cobiça e a ganância
Para querer ser melhor
E ter mais arrogância?
Ó cara, nós homens,
Já estamos ferrados,
Todo o nosso império
A mulher tem tomado.
Agora, só nos resta sim
Abaixarmos a cabeça
E deixar bem florido
O nosso terno Planeta
Nas mãos das senhoras.
E nós homens tivemos
Essa chance de manter
A vida que queremos,
Porém, achamos que,
Por ser homens de Deus,
Poderíamos descartá-las.
Hoje, pegam no pé meu
Com toda autoridade,
E no seu. Agora venha
Falar que são bonitas,
Logo a Maria da Penha
Te aparece com direito,
E o próprio homem faz
O seu colega sofrer,
Senão do emprego sai.
Agora, não tem jeito,
Cara, estamos ferrados.
Cadê as fazendas,
Fábricas e mercados?
Cadê as lindas mansões
Para ficarmos contentes,
Que agora vivemos à-toa,
Sem parente e aderente?
Governo fecha dum lado
E Deus abre do outro,
Está ferrado o homem,
E acabará ficando louco.
Minha mãe Gildete dizia:
“Se não foi no começo,
Obviamente, será no fim.”
Então, hoje, eu agradeço
Por toda a minha loucura
Durante a mocidade sim.
Pois, hoje, eu deixo vaga
Pra quem caçoou de mim.
Mário Querino – Poeta de
Deus
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